█ Os poderosos defensores da impunidade desdenham perigosamente dos profundos anseios nacionais por ética, moralidade e democracia


Em qualquer país civilizado, democrático, em que impere o primado do direito e da justiça, em que os poderes constituídos sejam compostos por cidadãos dignos, probos, honrados, dedicados altruisticamente ao serviço da Pátria e ao aperfeiçoamento do povo e das instituições, em que o sistema jurídico aplique a justiça com isenção e visando ao Bem Comum, o crime não compensa. Os ladrões e malfeitores de toda ordem são julgados, condenados e recolhidos à prisão pelos crimes cometidos. Quanto mais alta a posição ocupada pelo delinquente na sociedade, maior a pena que lhe é aplicada. Mais graves são considerados os crimes contra o Erário, os desvios para bolsos particulares dos recursos que serviriam a todos os cidadãos, à saúde e ao saneamento, à segurança, à educação, à melhoria da infraestrutura de transportes, energia e comunicações, à geração de empregos, à construção de moradias, à defesa nacional e ao desenvolvimento tecnológico… Em suma, ao Desenvolvimento e à Segurança Nacionais.


Tal, infelizmente, não tem sido o caso do Brasil, desde 1990. De 1985 a 1990, quando ainda era expressiva a influência militar no governo e grande era o respeito que lhe era votado pelos políticos profissionais e pessoas mal intencionadas de todos os misteres, os malefícios eram contidos. A partir de então, a má aplicação e a roubalheira dos recursos pagos ao Estado pelos impostos recolhidos dos brasileiros se manifestou num crescendo irrefreável, e a maléfica atuação de aproveitadores, vendilhões, traidores corruptos de todas as siglas partidárias e de agitadores ideológicos e corruptos cuja bandeira é vermelha gerou verdadeiro genocídio na nossa população, morta às centenas de milhares, quiçá milhões desde então pelas falhas e carências apresentadas em hospitais e centros de saúde públicos, pela precariedade das ruas e estradas país afora, pelo trânsito caótico, pela falta de água e esgoto tratados e de habitações dignas, pela violência desatada do crime comum nas cidades e no campo… Justamente provocados pelo desvio daqueles recursos essenciais pelos criminosos de alto coturno, que se mantiveram impunes, acima da lei, até recentemente, fato modificado exemplarmente com o advento da Operação Lava-Jato, que os alcança a todos!


Decorridos nove meses do início do atual governo, o tempo de uma gestação humana, creio adequado fazer-se um balanço do que vem ocorrendo. Todos os inimigos do Brasil, da redenção do abismo a que fora projetado pelos desatinos propositais de sucessivos desgovernos, da sua libertação da condição de terra de ninguém, em que todos metiam a mão para usurpar-lhe o que quisessem, inclusive partes do território, tinham terror pânico da possível vitória do Capitão Bolsonaro nas eleições presidenciais, que influenciaria decisivamente todas as demais, pela certeza de que seria acompanhada, como foi, pela presença expressiva de militares no aparato do poder. Por isso, tentaram de todas as formas impedi-lo de realizar seu projeto político, combatendo-o ferozmente e por todos os meios na campanha eleitoral, com o apoio irrestrito da grande mídia pervertida, no afã de desmoralizá-lo, apequená-lo, neutralizá-lo, usando de mentiras e pespegando-lhe rótulos pejorativos, para torná-lo inaceitável pelos eleitores. Chegaram ao cúmulo de tramar seu assassinato, tentativa perpetrada em público e à vista de todos, crime ainda não esclarecido quanto aos mandantes e, felizmente e pela graça de Deus, mal sucedido em seu torpe intento.


Como um rolo compressor e em consonância com as gigantescas manifestações populares que tomaram o Brasil de ponta a ponta, desde 2015, contra a tentativa de imposição da cruel tirania vermelha sobre nós e a corrupção gigantesca associada, inédita no mundo, que desviava recursos essenciais para o progresso, a paz social, a dignificação do nosso povo, pela libertação da ignorância, da miséria e do atraso, a soberania e a segurança nacional, a parcela boa, expressivamente majoritária, patriótica e esclarecida dos eleitores venceu as eleições de 2018 com cerca de 58 milhões de votos. Bolsonaro, assim, foi alçado à Presidência da República, para cumprir as promessas de realizar os anseios nacionais por ética, moralidade na gestão da coisa pública, de defesa irrestrita da independência, da soberania, da integridade do patrimônio nacional, num ambiente de ampla integração nacional, democracia, respeito aos valores, crenças e tradições que sempre nos caracterizaram como Nação.


A renovação do Congresso Nacional, dos legislativos estaduais, dos governos estaduais, pela eleição de pessoas que declaravam acompanhar o desejo de mudanças expresso pelo povo foi igualmente impressionante. E assim se iniciou 2019, cheio de esperança por tempos melhores e de confiança de que, finalmente, voltávamos a navegar em rumo seguro, que nos conduziria ao porto desejado da realização do Grande Projeto Nacional Brasileiro, com Ordem e Progresso.


Com o passar dos meses, os fatos foram paulatinamente mudando. Quem antes desgraçara o Brasil foi pondo as garras de fora. Os inimigos ideológicos, que têm um esdrúxulo conceito de “democracia”, por eles usurpado para efeitos de propaganda e aliciamento de inocentes-úteis, em consonância com a deletéria porém eficaz semântica gramsciana (não era República Democrática Alemã a Alemanha Oriental, comunista?), e os todo-poderosos de todas as siglas partidárias, que têm contas a pagar com a Justiça, mas se homiziam por detrás da imunidade até agora garantida dos cargos eletivos do Legislativo, deram-se, mais uma vez, as mãos, para autodefesa e sabotagem de todo esforço para sanear e recuperar o ambiente político-administrativo, livrando-o da corrupção que se tornara generalizada e sistêmica.


Cada vez mais ousados, enfrentam o governo em todas as frentes, buscando impedir-lhe qualquer ação, mormente se de efeito moralizante. Grande número de parlamentares nas Duas Casas do Congresso Nacional, inclusive dentre aqueles que exercem comandamento e liderança sobre os pares, por interesse de autopreservação, porque sujeito a investigação e inquéritos criminais, tem estado muito ativo na tentativa de desmobilização da Lava-Jato, como demonstrado veementemente na aprovação a toque de caixa e na calada da noite da chamada Lei de Abuso de Autoridade, que pune os policiais, procuradores e magistrados que lutam pelo cumprimento da Lei e beneficia os infratores, e, em sequência, na derrubada dos vetos presidenciais a inúmeros dos seus artigos. Do mesmo modo, tenta recriar o malfadado ‘‘toma lá, dá cá”, buscando compensações pecuniárias indevidas em cada votação do interesse do governo, e procrastina maldosamente as votações de projetos do maior interesse para o Brasil. Infeliz e cruelmente, muitos parlamentares novatos, eleitos sob a signa da “renovação moral”, entregam-se aos mesmos procedimentos viciosos das velhas raposas!


Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal, que havia assumido posição determinante na apreciação e condução das grandes questões nacionais, justamente pela falência moral de Legislativo e Executivo nos anos recentes e pelo consequente descrédito da população nesses poderes, também tem obrado diligentemente pelo enfraquecimento da Lava-Jato, conforme visto em sucessivas de suas mais recentes decisões, que impuseram limitações às investigações e indicam uma provável ocorrência da soltura em massa dos condenados e presos pela atuação dos abnegados e dedicados magistrados das demais instâncias, que se louvaram no e referendaram o hercúleo, bem fundamentado e moralizante e louvável trabalho desenvolvido por policiais, ministério público e agentes tributários fiscais, com todo o apoio e aplauso do povo sedento de justiça e de que todos sejam, realmente, ‘’iguais perante a lei”, como reza a mais básica das premissas da ordem democrática. Tudo isso se segue às inúmeras solturas de réus condenados, via habeas corpus concedidos ao longo dos tempos. A atuação da bancada do contra, que passou de cinco para oito ministros, reforça a consciência sobre a premente necessidade de modificação do atual processo de seleção/designação dos integrantes da mais alta corte, decisiva na vida da República, livrando-a de possíveis servidões políticas e ideológicas protagonizadas por seus integrantes.


Os ministros do STF têm, hoje, poder quase absoluto, agindo a seu talante e sem quaisquer limitações ou controles e determinando os rumos da vida nacional segundo sua interpretação da lei e até mesmo por nova jurisprudência, por eles criada em casos específicos levados à sua apreciação, muitas vezes em decisões pessoais, monocráticas.


O tempo urge. O governo precisa passar à ofensiva, realizando plenamente o que o povo deseja e os compromissos que asseguraram o apoio que lhe garantiu a histórica vitória:

– prender os corruptos e fazê-los devolver o dinheiro público que roubaram;

– terminar com os absurdos privilégios salariais e de toda a natureza concedidos ao Legislativo Federal, que repercute em cascata nos legislativos municipais, distrital e estaduais, ao Judiciário e às carreiras escolhidas e protegidas do Executivo. Parece-me adequada, pertinente e geradora de moderação, eficácia e equilíbrio na aplicação dos recursos públicos a sugestão de estabelecer-se, como limite real de remuneração a todos os que recebem do Estado, E A QUALQUER TÍTULO, o salário bruto dos Almirantes-de-Esquadra, como tantas vezes afirmei, desde a década de 1990 e quando estava no Serviço Ativo da Marinha;

– fortalecer e reequipar as Forças Armadas e não aceitar quaisquer interferências externas, não importa quais as fontes de origem, nos assuntos brasileiros, mormente os que tenham a ver com a Soberania, a Integridade do Patrimônio Nacional e a Independência;

– evitar desperdícios no âmbito do Executivo e diligenciar para coibi-los no Legislativo e no Judiciário;

– realizar e cumprir planejamento estratégico de Desenvolvimento e Segurança de alcance nacional, segundo a metodologia da Escola Superior de Guerra-ESG.


É preciso enfatizar que o exercício de funções públicas e de mandatos parlamentares não deve configurar o usufruto de empregos ou de carreiras permanentes, muito bem remunerados, ou de percepção de vantagens outras, inclusive à margem da lei, e de vanglória pessoal, mas sim ser serviço à Terra, ao Povo e às Instituições brasileiros, com tempo limitado de duração, para permitir ampla e saudável alternância de pessoas ao timão da Nação e dos Poderes do Estado.


Se tudo continuar como dantes, PERDEREMOS A GRANDE OPORTUNIDADE DE SALVAR E REDIMIR NOSSA PÁTRIA e corremos o risco de manifestar-se o desânimo popular, com a volta da apatia generalizada de que sofríamos até 2013, e de ocorrer o possível retorno ao poder, com força total para terminar sua obra de destruição, daqueles que foram enxotados pelas eleições revolucionárias de 2018. Seria a condenação da Terra Amada, do seu Povo e das suas Instituições ao trágico destino de Cuba, Venezuela…


DECIDIDAMENTE, NÓS, OS PATRIOTAS, NÃO QUEREMOS ESSA TRAGÉDIA PARA O BRASIL E LUTAREMOS ATÉ O FIM PARA EVITÁ-LA! COM GARRA, VONTADE, COMPETÊNCIA E CORAGEM!


Estamos em tempo de espera, confiantes na promessa de Deus Todo-Poderoso ao profeta Habacuc (Primeira Leitura da Missa de hoje): “Quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. A CONDENAÇÃO ETERNA DOS MAUS E A SALVAÇÃO DOS BONS SÃO GARANTIDAS PELA JUSTIÇA DIVINA! (Rio de Janeiro, RJ, 06 de outubro de 2019).