Como em quase todos os projetos desenvolvidos pelo homem, a Academia Brasileira de Defesa começou a delinear-se muito antes mesmo de que os instituidores tivessem visualizado a possibilidade de sua criação.
A medida que os futuros acadêmicos fundadores destacavam-se na defesa da soberania, das instituições, da integridade, dos valores e das instituições nacionais, consolidavam-se as suas bases.
Sem o perceber, já estavam perseguindo, ainda que isoladamente, os objetivos acadêmicos, somente muito mais tarde explicitados.
Restava, então, apenas dar-lhe forma.
As primeiras ideias nesse sentido surgiram, há muitas décadas, quando um dos instituidores assistia a uma posse na Academia Brasileira de Engenharia Militar e percebeu que havia Academias para quase todos os tipos de atividade humana, mas não existia uma que se ocupasse da Defesa Nacional.
Essa aspiração ficou latente durante muito tempo para ressurgir, inicialmente sem formato definido, nestes dias em que, com a cumplicidade das autoridades constituídas, começaram a prosperar, como jamais acontecera antes, a degradação dos valores tradicionais, a insegurança física e jurídica, o desrespeito sistemático aos patrimônios público e privado, a corrupção endêmica e a impunidade generalizada.
Com a perspectiva quase certa de evolução negativa desse quadro, tornou-se perceptível uma séria ameaça à soberania nacional, à integridade territorial, à paz social, à Federação, à independência dos poderes, ao Estado de Direito e à própria Democracia no País.
A partir do ano de 2005, por iniciativa do Clube de Aeronáutica e da Academia Brasileira de Filosofia, um conjunto de cidadãos constituído de militares das Forças Armadas e de civis de origens diversas, particularmente preocupados com tais circunstâncias, passou a discutir, em grupos especiais de estudo, temas relacionados com essa conjuntura tão desfavorável, principalmente, à soberania e ao pensamento brasileiro.
Com rápido agravamento dessa situação, mostrou-se indispensável ampliar a referida inciativa, a fim de tornar mais efetivas as ações politicas decorrentes.
Um pequeno número de integrantes daqueles grupos de estudos começou então, a reunir-se, quase todas as noites, em busca de soluções para essas dificuldades.
Entre os vários possíveis modos de fazê-lo , idealizou-se a criação de uma organização que reunisse personalidades reconhecidas pelo grande amor à pátria, desprovidas de interesses pessoais e comprometidas com a defesa dos princípios, dos valores, das tradições e das instituições.
Conscientes das dificuldades desse empreendimento, mas, também, das suas imperiosas necessidade e urgência, optou-se pela constituição imediata da Academia Brasileira de Defesa-ABD, uma associação civil de direito privado que permitisse a ação coordenada de seus integrantes, que, como dito acima, já vinha perseguindo os mesmos objetivos individualmente, potenciando-lhes, assim, os efeitos de suas atuações.
Como consequência desse esforço, no dia 12 de novembro de 2008, publicava-se no Diario Oficial da União, o registro da Academia Brasileira de Defesa, que, finalmente, foi apresentado formalmente à Sociedade Brasileira, em Sessão Solene, realizada no dia 31 de maio de 2010, na sede da Academia Brasileira de Filosofia.