█ Ensaio sobre uma possível Teoria da Evolução da Alma – Parte III

Em 1937, o economista britânico Ronald Coase, em seu artigo ‘Nature of Firms’ estabeleceu o conceito de Teoria da Firma, da qual fazia parte a Teoria da Produção que desenvolveu o conceito de Função de Produção e sua expressão matemática.

A Função de Produção indica qual a quantidade máxima, de determinado produto, que pode ser produzida, dada uma determinada quantidade de fatores produtivos e uma determinada tecnologia de produção.


Caso a ‘Curva do Destino’ (proposta) possa ser estimada através de métodos econométricos, talvez a aplicação da Teoria da Produção a esta função, adaptando-a aos novos conceitos, possa ensejar o surgimento de uma ‘Teoria da Evolução da Alma’.


A referida teoria poderia permitir, da mesma forma que a Teoria da Produção, a análise dos vários aspectos relativos à Função de Evolução Incremental da Alma ou a Curva do Destino, cuja definição seria: “A Curva do Destino é aquela que indica qual a quantidade incremental máxima de evolução da alma humana, que pode ser obtida dada uma determinada quantidade de fatores de evolução interagindo em um determinado individuo”.


          Esta Teoria poderia ser formulada com base na seguinte figura:


Fatores de Evolução Variáveis: São todos aqueles fatores responsáveis pelo incremento na evolução da alma humana, já mencionados no capitulo VII.


Processo de Transformação: O processo de transformação varia de um individuo para outro e é representado pela maneira como cada indivíduo é influenciado pelos fatores variáveis de evolução, de modo a apresentar um incremento na evolução da sua alma;


Ambiente Externo e Interno: São representados por todos os elementos de ação direta ou indireta, internos ou externos ao indivíduo, que podem influir sobre os fatores variáveis;


Incremento na Evolução da Alma: Incremento evolutivo obtido pela alma nesta existência;


Retroalimentação: Constituem as informações obtidas durante toda a vida do individuo, que tornam possível monitorar o desempenho do Sistema Evolutivo e decidir se são necessárias ou não mudanças corretivas. Tais mudanças seriam comunicadas ao individuo através do mecanismo da consciência (quando uma voz interior lhe indicaria a necessidade de mudança de rumos). O individuo poderia ouvir esta voz e seguir sua orientação ou não.


Da mesma forma que para uma função de Produção, para a função multidimensional (no hiperespaço) de Evolução Incremental da Alma ou ‘Curva do Destino’, segundo nossa hipótese teórica, também vigoraria a ‘Lei dos Rendimentos Decrescentes’ ou ‘Lei das Proporções Variáveis’, que poderíamos denominar, neste caso, de “Lei do Incremento na Evolução da Alma Decrescente”. Esta lei seria expressa por:


“Aumentando-se a quantidade de um Fator de Evolução Variável (conhecimento, saúde, riqueza, estado emocional, etc.), permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, o Incremento na Evolução da Alma, a principio, crescerá a taxas crescentes. A seguir, após certa quantidade utilizada (ou atingida) do fator variável, o Incremento passará a crescer a taxas decrescentes. Continuando o aumento da utilização do fator variável, o Incremento na Evolução da Alma decrescera.”.


Tal fato indicaria a necessidade de uma combinação harmônica entre os fatores de evolução da alma; pois, a prevalência de um deles, sobre os demais, afetaria negativamente o Incremento na Evolução da Alma.  A partir de um determinado ponto, maior quantidade de riqueza, por exemplo, poderia afetar de modo negativo o incremento na evolução da alma. Da mesma forma, ocorreria o mesmo com todos aqueles fatores (ou variáveis), estatisticamente significantes, incluídos na função.


A ‘Curva do Destino’ representaria, assim, como os Fatores de Evolução (Xi) deveriam ser combinados, de modo a dar origem a um Incremento na Evolução da Alma (Y). Sua análise permitiria conhecer alguns interessantes indicadores, quais sejam: A evolução média de um dos fatores (EM) poderia ser calculada como o quociente entre a quantidade incremental obtida de Evolução da Alma e a quantidade utilizada do fator em questão. Algebricamente: EM (Xi) = Y/Xi


A Evolução Média do fator Xi indicaria qual a quantidade de unidades de Incremento na Evolução da Alma seria devida ao fator Xi.


A Evolução Marginal de um fator (EMg) seria calculada como o quociente entre a Variação Incremental na Evolução da Alma (Y) e a Variação na Quantidade Utilizada do fator em Questão (Xi). Alternativamente, poder-se-ia pensar na Evolução Marginal de um fator Xi como sendo a derivada da ‘Curva do Destino’ Y = f(X1, X2…Xn)  em relação a Xi, ou seja:


EMg (Xi) =   @Y/ @ Xi  =  @  f(Xi,X2…Xn)/ @ Xi


A Evolução Marginal de Xi mediria a quantidade de unidades de Incremento na Evolução da Alma (Y), que aumentaria com o acréscimo de uma unidade do fator Xi.


A ‘Curva do Destino’ representaria, assim, as possibilidades de evolução máxima do Incremento na Alma Humana, utilizando, de modo ótimo, os fatores Xi e poderia, também, ser dividida em ‘Estágios de Evolução’.


No Estágio I o Incremento na Evolução da Alma cresceria a taxas crescentes e decrescentes, até o ponto onde a Evolução Marginal do fator variável Xi se igualaria a Evolução Média deste fator, em seu ponto máximo.


No Estágio II o Incremento na Evolução Total da Alma cresceria a taxas decrescentes até o seu ponto máximo, sendo a Evolução Marginal do fator variável Xi, sempre decrescente, até o ponto onde ela se igualaria a zero.


No Estágio III o Incremento na Evolução da Alma seria decrescente, sendo a Evolução Marginal do fator variável Xi, decrescente e negativa.


A ‘Curva do Destino’, por outro lado, poderia ser influenciada por Fatores Fixos e Fatores Variáveis.


Os Fatores Variáveis poderiam ser, por exemplo: O estágio de desenvolvimento intelectual, alcançado pelo individuo, no tempo T; os estágios de desenvolvimento físico e material, alcançados pelo individuo, no tempo T e o estágio de desenvolvimento emocional, alcançado pelo individuo, também no tempo T.


Os Fatores Fixos poderiam ser as chamadas variáveis ‘Dummy’.


Não caberia falar, como na Função de Produção, em Taxa Marginal de Substituição entre Fatores, entendida esta como: “O quanto o individuo estaria disposto a trocar, de um Fator de Evolução por outro, a fim de manter o seu mesmo grau de Incremento na Evolução da Alma e permanecendo, ainda, na mesma Curva do Destino”, porque o Incremento na Evolução da Alma pressupõe uma combinação harmônica entre os fatores de evolução e não a substituição técnica entre eles. As Elasticidades de Substituição entre os Fatores de Evolução deverão ser, neste caso, zero ou próximas de zero.


A ‘Curva do Destino’ poderia ensejar, ainda, com base em uma adaptação da Teoria da Firma, o enunciado de uma “Lei do Retorno”, cujo conceito poderia definir: “a forma como o Incremento na Evolução da Alma se comportaria, na medida em que fossem sendo agregadas maiores quantidades dos Fatores Variáveis (conhecimentos, saúde física, bens materiais, etc.)”.


Assim, o ‘Retorno de Escala’ seria constante, quando, ao aumentarmos Z vezes os Fatores Variáveis responsáveis pelo Incremento na Evolução da Alma, este Incremento também aumentasse Z vezes; isto é: Se  Y = f(X1…Xn),  então  f(ZX1…ZXn)  é igual a Z f(X1…Xn). Neste caso a soma das Elasticidades da Evolução da Alma, com relação aos fatores, seria igual à unidade.


O ‘Retorno de Escala’ seria crescente, quando, ao aumentarmos Z vezes os Fatores Variáveis responsáveis pelo Incremento na Evolução da Alma, este Incremento aumentasse mais do que Z vezes; isto é: Se Y = f(X1…Xn), então  f(ZX1…ZXn)  é maior que Z f(X1…Xn). Neste caso a soma das Elasticidades de Evolução da Alma, com relação aos fatores, seria maior que a unidade.


O ‘Retorno de Escala’ seria decrescente, quando, ao aumentarmos Z vezes os Fatores Variáveis responsáveis pelo Incremento na Evolução da Alma, este incremento aumentasse menos do que Z vezes, isto é: Se Y = f(X1…Xn), então  f(ZX1…ZXn) é menor do que Z f(X1…Xn). Neste caso a soma das Elasticidades de Evolução da Alma, com relação aos fatores, seria menor que a unidade.


Por sua vez, não há como se falar em Curva de Indiferença de Evolução, para o incremento na evolução da alma; posto que, não existem combinações alternativas, entre as variáveis (ou fatores), que pudessem ser utilizadas pelo individuo para influenciar o referido incremento, de modo a manter a alma no mesmo nível de evolução. Os fatores não são substitutos entre si; mas, sim, necessitam ser combinados, harmonicamente, para proporcionar o incremento desejado.


Da mesma forma não há, também, como se falar em Iso incremento de Evolução; isto é, em uma curva que representasse várias combinações de variáveis ou fatores, responsáveis pelo incremento na evolução da alma, que resultassem a mesma quantidade de incremento. As variáveis independentes ou fatores de incremento não são substituíveis uns pelos outros, tecnicamente, para propiciar mais evolução. Mais saúde ou mais riqueza, não substituiria mais conhecimentos, relativamente ao incremento na evolução da alma.


A figura a seguir representa (de forma simplificada, no plano xq de duas dimensões) uma Função de Produção (ou, no caso presente, uma Função Multidimensional de Evolução Incremental da Alma Humana ou a ‘Curva do Destino’). Nesta adaptação da Função de Produção para a ‘Curva do Destino’, no eixo dos Y (ou q) ter-se-ia o Incremento na Evolução da Alma e, no eixo dos X, os Fatores Variáveis de Evolução (Xi). O traçado da Função representaria, assim, a própria ‘Curva do Destino’, de uma maneira simplificada, em um plano de duas dimensões.


Formato típico da ‘Curva do Destino’ ou Função de Evolução Incremental da Alma (q), da curva de Evolução Média (Pme) e da curva de Evolução Marginal (PMg).



A imagem acima mostra o formato normalmente apresentado pela ‘Curva do Destino’, pela curva de Evolução Média e pela curva de Evolução Marginal, no curto prazo. A sua característica parabólica é resultado da aplicação da ‘Lei do Incremento na Evolução da Alma Decrescente’ ou das ‘Proporções Variáveis’. No longo prazo, o formato dessas curvas dependerá da ‘Lei do Retorno’, conforme veremos na imagem a seguir:



Tipos de Retornos de Escala


O conceito de retornos de escala, conforme já visto, define a forma como o incremento na evolução da alma aumenta, a medida que  vão se agregando mais fatores de evolução.


Na formulação matemática da função poderiam ser testadas equações com várias variáveis, de qualquer um dos inúmeros tipos existentes na matemática, para os quais vigorassem a Lei dos Rendimentos Decrescentes ou das Proporções Variáveis.


O método quantitativo a ser utilizado poderia ser o dos Mínimos Quadrados, ordinário ou bi-etápico (utilizando séries temporais ou cortes seccionais). O importante seria definir corretamente as variáveis e estabelecer a melhor forma possível de coletá-las. A utilização dos modernos computadores simplificaria bastante o trabalho de ajuste das diversas funções possíveis, objetivando selecionar a mais adequada. A parte mais difícil seria a da coleta das informações necessárias para a estimação da função. A constante da curva; isto é, sua ordenada com relação à origem dos eixos das variáveis, poderia ser constituída pela soma de características trazidas pelo individuo quando do seu nascimento. Cada indivíduo possuiria, assim, uma curva distinta, que poderia partir de um patamar (ordenada com relação à origem dos eixos) diferente do dos demais.


Se atentarmos para o antigo ditado popular: “Deus escreve certo por linhas tortas”, veremos que, empírica e intuitivamente, imaginou-se a comunicação determinística (Deus escreve certo) entre o Criador e suas criaturas, sendo feita através de curvas (por linhas tortas). Teoricamente descartamos, também, a equação de uma reta porque para esta não vigoraria a “Lei dos Rendimentos Decrescentes ou das Proporções Variáveis”.


A função a ser definida poderia, portanto, possuir qualquer forma. Aquela, dentre as equações estimadas, que melhor representasse o fenômeno em questão poderia ser a adotada para efetuar análises e previsões. Poder-se-ia, estimada a função, calcular o seu limite e a existência de pontos de inflexão.


Nos pontos de derivada zero, poderiam ser determinados máximos e mínimos. Em um ponto de derivada primeira nula, se a derivada segunda fosse positiva, estaríamos diante de um mínimo, e se fosse negativa de um máximo.


Quais poderiam ser os significados metafísicos deste máximo e deste mínimo, com respeito ao incremento na evolução da alma nesta existência terrestre? O limite matemático da Curva do Destino, o que poderia significar? Que a vida do individuo chegaria ao fim naquele ponto, já que não evoluiria mais nesta existência? Um ponto de inflexão, onde a curva mudasse de concavidade ou de convexidade, poderia significar a ocorrência de algum evento bom ou mal para a evolução da alma do indivíduo? Poderia indicar que a partir daquele ponto sua evolução estaria crescendo ou decrescendo? Poder-se-ia confirmar ou prever, através da análise da ‘Curva do Destino’, a data de acontecimentos importantes, tanto passados quanto futuros para o progresso intelectual, físico, material ou emocional do indivíduo?


A integral múltipla da Curva do Destino – variando de zero até determinados valores de cada um dos fatores de evolução, obtidos no ato da coleta dos dados da série temporal, poderia indicar o incremento total na evolução da alma do indivíduo, nesta encarnação, desde o seu nascimento até aquela data?


Estimadas as funções e determinada, dentre todas as formas matemáticas testadas, aquela que mais se adaptaria ao fenômeno estudado, fazendo uso dos cálculos diferencial e integral, poderiam ser obtidas respostas para questões metafísicas até então não respondidas? A utilização de métodos como a Econometria (desenvolvida para a quantificação e o estudo dos fenômenos econômicos) e a Sociometria (desenvolvida para a quantificação e análise dos fenômenos sociológicos), na determinação e no estudo da função matemática a ser estimada, poderia vir a ensejar o desenvolvimento de um novo método, o da ‘Metametria’, para estudar os fenômenos da Metafísica?


Cada um dos seres individuais teria, portanto, uma função que melhor se adaptaria a sua evolução e que, certamente, poderia ter uma forma distinta da dos demais seres, com diferentes coeficientes e constantes. As funções poderiam ser homogêneas ou não, com elasticidades do incremento na evolução da alma constantes ou variáveis.


 Com a função determinada matematicamente poder-se-ia, finalmente, fazer previsões de uma forma científica sobre o incremento na evolução da alma de cada indivíduo; isto é, sobre o cumprimento de sua missão antecipadamente programada (ou de seu destino) nesta existência, sem a necessidade de recorrer aos astros, à numerologia, às cartomantes, ao tarô, às ciganas e aos magos?


Poder-se-ia (quem sabe?) prever a data em que a missão do individuo nesta vida chegaria ao seu final, já que toda função possui um limite matemático? Da mesma forma poder-se-ia, talvez, pela analise do comportamento da curva, confirmar acontecimentos passados ou prever acontecimentos futuros?


Uma investigação sobre o tema proposto consumiria tempo, além de recursos físicos e financeiros; porém, poderia ser um importante passo dado na direção do entendimento da evolução espiritual, através de encarnações sucessivas, tão instigante mistério divino a desafiar nosso entendimento metafísico.


O assunto envolve conhecimentos relativos aos campos da Filosofia, da Religião, do Esoterismo e das Ciências (Matemática, Psicologia, Estatística, Física, Economia, Informática, além de outras), dificultando, sobremaneira, o entendimento do problema e o seu possível equacionamento.


Por outro lado, muitos considerarão esta hipótese como uma afronta ou mesmo como uma heresia, por tentarmos penetrar nos domínios da Religião com técnicas próprias da Ciência.


Dirão, certamente, que, com o nosso orgulho, tentamos vencer o abismo infinito que nos separa de Deus, ao qual conhecemos por suas obras e que, tão somente, o nosso orgulho pretende definir.


Para refutarmos esta crítica basta que nos lembremos de que a Ciência não foi inventada por nós, seres humanos; mas, sim, pelo nosso Criador. Nós apenas a descobrimos com a nossa inteligência, perseverança, espírito contestador, inquiridor e inovador, atributos que recebemos deste mesmo Criador. Se Ele tem nos permitido, até agora, descobrir, por intermédio da Ciência, parte dos segredos de ordem Física de sua criação, não há porque supor que com os segredos de ordem Metafísica será diferente.


Talvez, simplesmente, nosso estágio de evolução, intelectual e cultural, ainda não permita que vislumbremos o portal que nos possibilitará penetrar nestes mistérios.


A hipótese por nós levantada, entretanto, não é, totalmente, descartável. Voltaire, em 1752, afirmava que: – “Poderíamos, ainda, acrescentar aos objetos da Metafísica até mesmo os princípios matemáticos de pontos sem extensão, linhas sem largura, superfícies sem profundidade, unidades divisíveis ao infinito, etc.” Evidentemente que se princípios matemáticos podem ser considerados como fenômenos metafísicos, estes, por sua vez, poderão ser submetidos à análise da Matemática.


Devemos tem em mente que o Criador, que tudo sabe, ao dar-nos a capacidade de pensar, questionar, investigar e inquirir sabia que, um belo dia, nossas atenções se voltariam para Ele e que não descansaríamos enquanto não entendêssemos (de uma forma que satisfizesse plenamente a nossa inesgotável curiosidade) o mistério da criação, fazendo uso de todas essas ferramentas intelectuais e emocionais com que, graciosa e amorosamente, Ele nos presenteou desde o inicio da nossa vida sobre a face do planeta.   Pode ser que ainda se passem muitos séculos antes que o consigamos; mas, graças a estes instrumentos de analise que nos foram dados, até lá, certamente, viveremos e morreremos tentando.


Sem dúvida poderão faltar, no atual ‘estado das artes e das ciências’, mecanismos adequados para coleta de observações sobre as variáveis que parecem importantes para o incremento na evolução da alma do ser humano, enquanto encarnada e pertencente a este universo físico.  Entretanto, isto não quer dizer que em um futuro próximo tal quantificação não seja possível. Alguém já disse que tudo aquilo que o ser humano um dia for capaz de imaginar, em outro será capaz de realizar. A falta de informações atuais sobre a quantificação das variáveis, entretanto, não invalidaria a teoria proposta, já que qualquer fenômeno verificado em nosso mundo físico possui uma equação que o descreve e com a evolução da alma não seria diferente. Embora a alma se trate de um fenômeno Metafísico, ela evolui neste mundo físico. Apenas depois de desencarnada evoluirá em um mundo Metafísico.


Reconheço que muitos não concordarão com os conceitos e hipóteses, aqui formulados; entretanto, estes não serão nem melhores nem piores que quaisquer outros que possam ser sugeridos alternativamente; pois, na ausência de uma explicação científica adequada para os fenômenos metafísicos que se apresentam em nosso universo, permaneceremos, sempre, no campo das ideias e das hipóteses, argumentando apenas com a ajuda da Filosofia e da Religião (ou seja, dos dogmas e da fé neste caso). Lembremo-nos, entretanto, que o mais difícil de tudo, para nós seres humanos, tem sido entender e explicar aquelas coisas simples, que sempre nos acostumamos a observar diariamente com nossos próprios olhos.


Finalmente, após haver chegado a este ponto e esgotados todos os possíveis argumentos, faço minhas as palavras de Voltaire, em seu ‘Tratado de Metafísica’: -“Não consigo avançar mais nessas trevas. Detenho-me quando me falta a luz de meu archote”.


Deixe um comentário