Deus criou o homem e a mulher e lhes ordenou: “Crescei e multiplicai-vos”. Estava, assim, configurada a família segundo a vontade do Todo-Poderoso, para povoar o mundo, com um pai, u’a mãe, o Casal da Bíblia, e os filhos por eles gerados. E assim deveria ser, pelos tempos afora, sendo a família bem constituída a “celula mater” da sociedade organizada por toda a parte e em todas as épocas.
À mãe, pela doçura intrínseca ao coração feminino, deveria corresponder a responsabilidade pela formação e pelo desenvolvimento da parte afetiva, sentimental e religiosa da prole. Ao pai, do qual nos ocuparemos com mais detalhe neste dia a ele dedicado, competiria zelar pela proteção, pela segurança, pelo provimento das necessidades básicas da família e pela formação do caráter, da orientação pelos caminhos do bem de todos os filhos, através do bom exemplo que arrasta e do acompanhamento diuturno, com as correções que se fizessem necessárias, a tempo e a hora, para evitar desvios e perdas que, de outro modo, poderiam revelar-se insanáveis.
Assim chegamos à Santíssima Família de Nazaré, constituída de Jesus, Maria e José. Este, o homem justo, como pai adotivo amantíssimo, ao qual o Senhor confiara Seu Filho Unigênito, esmerou-se em protegê-lo, livrá-lo de todos os perigos e ameaças que O rondavam na infância e na adolescência, amá-lo sem reservas, ensinar-lhe seu honrado ofício de carpinteiro. Foi um pai na plenitude e modelo para todos os pais!
Em alguns corações masculinos privilegiados, por Ele próprio escolhidos, Deus planta a semente de um chamado especial, para servi-lo sem descanso e sem desfalecimento, como seus sacerdotes e religiosos, para pastorear o Seu Povo e conduzi-lo à ventura da felicidade e da salvação na Vida Eterna. Aos demais, concede a graça de se poderem converter em pais, ainda mais abençoados se marcados pelo sacramento do matrimônio, vocação que, se bem exercida, os eleva à condição de auxiliares inestimáveis da Obra de Redenção do Mundo e de aperfeiçoamento da passagem humana sobre a Terra.
Todos nós temos bem guardada no coração a imagem maravilhosa do pai herói, aquele homem forte e sábio, que nos conduziu, com amor e firmeza, estando sempre ao nosso lado, com palavras e exemplos de coragem, força, determinação, pelos caminhos do Bem e da Virtude. Espantava todos nossos medos, dúvidas e indecisões a cada passo, sendo o rochedo inexpugnável, cuja segurança sempre nos garantia, a árvore frondosa e acolhedora, à cuja sombra sempre nos abrigávamos! Com ele, aprendemos a ser retos e dignos, a ter compaixão e caridade para com os mais fracos, pobres e desassistidos dos concidadãos, a ter o ideal de contribuir, com os talentos recebidos do Altíssimo, para o Bem Comum e a felicidade geral do nosso povo! A acreditar que o Brasil estava fadado a um destino de glória, abundância e ventura!
Pena é que nem todas as pessoas investidas de poder e de privilegiadas posições, governantes, parlamentares, políticos em geral, magistrados das altas cortes e das demais instâncias, membros do ministério público, grandes empresários, donos dos meios de comunicação social, repórteres, editores, comentaristas, apresentadores e âncoras dos órgãos da imprensa falada, escrita e televisada, reitores, diretores e professores das escolas de todos os níveis, intelectuais, artistas, etc tenham tido a bênção de pais que os encaminhassem adequadamente para uma vida virtuosa, benfazeja e solidária. Ao contrário, pela ambição desmedida que exibem por passageiros poder, riqueza e glória a qualquer custo, voltaram as costas a Deus e aos Seus Mandamentos, para entregarem-se às pérfidas tentações originadas de Lúcifer e do Inferno! Lástima para o Brasil, que tanto vem sofrendo por causa disso!
Continuemos, porém, nós outros, sumamente gratos pelos pais que tivemos, que nos apontaram o caminho do Bem, e perseverantes no Bom Combate, imensamente fortalecidos por todas as tribulações enfrentadas a cada passo, pois certa é a Vitória final da Virtude e da Justiça!