Os grandes conflitos e divisões, que se vêm manifestando na política e na sociedade brasileiras desde o início do século XX até hoje, tiveram origem no manipulado sistema do voto de cabresto e na prática do acordo do “café com leite” na República Velha, que provocaram a Revolução de 1930 e levaram Getúlio Vargas ao poder, e que descambaram na ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1945; nas sucessivas tentativas de tomada do poder pelos comunistas desde a fundação do Partido Comunista Brasileiro – PCB em 1922, com o marco inicial traiçoeiro, assassino e violento da Intentona de 1935; no permanente combate, a ferro e fogo, das privilegiadas e corrompidas/corruptoras oligarquias reinantes, contra o legítimo anseio pela erradicação da corrupção crescente no Estado e nos seus relacionamentos, manifestado pela expressiva parcela honrada da população nacional, que confia no valor do mérito, do esforço, do estudo e do trabalho como forma legítima, adequada, exequível e aceitável de ascensão social e econômica de cada um. Essa luta, essencialmente do campo moral, foi dramaticamente configurada no suicídio do então Presidente Constitucional Vargas, em 1954, que não suportou a revelação das pútridas ações ocorrentes nos porões do seu governo, na imensa frustração dos patriotas com Jânio Quadros, o “homem da vassoura” moralizadora, e Fernando Collor de Mello, “o caçador de marajás”, retumbantemente eleitos em 1961 e 1990, mas que nem de longe cumpriram suas promessas de campanha, e na avalanche eleitoral que, com a esperança renovada, elevou Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018.
O Brasil, pela extensão territorial gigantesca e pela posse de riqueza fabulosa em recursos naturais de toda a ordem, sempre foi um alvo cobiçado pelo Movimento Comunista Internacional – MCI e, mais recentemente, por todos os mentores do projeto de governo mundial, os senhores do poder político e do dinheiro em âmbito mundial, a mais recente ameaça à existência dos Estados Nacionais Soberanos e que passou a se manifestar de forma explícita, permanente e atuante sobre o Brasil a partir do início dos anos de 1990.
O comunismo, criação do inferno para perdição da humanidade, escravização dos povos e erradicação da crença em Deus, escolheu o Brasil como alvo preferencial na América Latina, pelo seu peso específico, crendo seus chefetes que, uma vez conquistado nosso País, todos os demais cairiam sob o jugo vermelho, como num jogo de dominó. É o inimigo mais perigoso, cruel e dissimulado, sempre em guerra aberta contra tudo o que é bom, ética e moralmente elevado na sociedade, utilizando-se da mentira, do embuste, da divisão que artificialmente cria e/ou estimula entre grupos étnicos e classes sociais.
Depois da tumultuada sucessão do renunciante Jânio Quadros, João Goulart assumiu o governo do Brasil, após revelar-se inócua a tentativa parlamentarista destinada a controlá-lo e a diminuir a influência do cunhado vermelho Leonel Brizola sobre ele e os negócios do Estado. Num crescendo, sucederam-se greves e agitações, destinadas a subverter a ordem democrática vigente e que causaram grande intranquilidade no povo ordeiro e suas elites. Com o passar do tempo, o próprio presidente assumiu o comando da baderna, pregando as propaladas “reformas de base”, essência do projeto subversivo em marcha. Em 13 de março de 1964, no comício da Central de Brasil, repleto de bandeiras vermelhas com a foice e o martelo, João Goulart agitava a massa de simpatizantes ululantes, caudatários do credo vermelho, para em 27 de março, incentivar abertamente a falência da hierarquia e da disciplina nas Forças Armadas, na reunião celebrada no Automóvel Clube do Brasil para comemorar as eleições havidas no Clube de Suboficiais e Sargentos do Exército. Seguiram-se a revolta dos sargentos e a sabotagem dos aviões da FAB em Brasília, o motim dos marinheiros e fuzileiros homiziados no sindicato dos metalúrgicos no Rio de janeiro… Sob a égide do massismo e do agit-prop da linha soviética, a situação encaminhava-se para um ponto intolerável, quando as Marchas com Deus pela Democracia e pela Liberdade, nossas corajosas mulheres com os terços na mão à frente, lideraram a reação de todos os patriotas, tomaram as ruas do Brasil e estimularam o espírito fundamentalmente ferido das Forças Armadas, impelindo-as a agir com o apoio firme da Nação, e a por fim à segunda tentativa comunista de dominar o Brasil.
A vitória de Fidel Castro e seguidores com ele desembarcados do “Granma”, aglutinados em Sierra Maestra, contra a ditadura de Fulgencio Batista, em 1959, em função da intensa propaganda mentirosa associada ao evento, foi saudada por todo o continente americano como o início de uma nova era de democracia e liberdade em Cuba. Logo, porém, que se viu firmemente entrincheirado no poder, em 1961, Castro desvelou sua face comunista e da revolução que chefiava.
Alinhada sob a égide e a proteção da União Soviética, como cunha incrustada no próprio continente americano, “la revolución’’ dos barbudos recebeu da matriz vermelha a missão de exportar o infame regime que adotara a todos os países de Ásia, África e América Latina, daí surgindo a Organização de Solidariedade dos Países de Ásia, África e América Latina – OSPAAAL, e a Organização Latino – Americana de Solidariedade – OLAS, como consequência da Primeira Conferência Tricontinental de Havana em 1966, destinadas a, sob orientação cubana, “exportar la revolución” aos países do Terceiro Mundo, utilizando-se de meios violentos, segundo a teoria rural foquista de Regis Debray, depois sangrentamente complementada pela guerrilha urbana preconizada por Carlos Marighella.
Por causa disso, sucederam-se as cruentas ações guerrilheiras e terroristas no Brasil urbano e rural, já agora também com a participação do comunismo de base chinesa, de âmbito rural, com a teoria do cerco da cidade planetária pelo campo sublevado, como se viu em Xambioá, e tornado independente de e antagônico a Moscou, depois do cisma provocado pelas revelações dos crimes cometidos por Stalin, no 20* Congresso do Partido Comunista da União soviética, em maio de 1956, do qual decorreu a criação do partido Comunista do Brasil –PCdoB, da linha chinesa. Havia, ainda, a atuação deletéria dos grupos trotzkystas e anarquistas…
Os comunistas jamais perdoaram o Brasil, “a Nação que se salvou a si mesma” das suas garras, e passaram a tentar assumir o poder em todos os países da América Latina, principalmente aqueles nas nossas fronteiras, para cercar-nos e provocar nossa queda ao longo do tempo. Até hoje estão nessa guerra, como inimigos rancorosos e irreconciliáveis. Após o fim do salvador período militar de governo, eles e seus aliados de outros partidos dominaram o processo de elaboração da Constituição de 1988, plena de direitos e parca de deveres, incentivadora de divisões de toda a espécie, por motivos sociais, étnicos, culturais e econômicos, criadora de base para futuros separatismos, via delimitação indiscriminada de áreas indígenas e de quilombolas, controladora do Poder Moderador dos Militares, presente ao longo de toda a República em substituição ao do Monarca no Império… O próprio José Sarney, então presidente, ao tomar conhecimento dos seus termos, declarou que, com ela, o Brasil se tornara ingovernável. Percebeu, claramente, que o Executivo dependeria do beneplácito do Legislativo para gerir o país, dele tornando-se refém. Daí, o surgimento do “toma lá, dá cá”, do “é dando que se recebe”, de todos os acordos espúrios que passaram a toldar e enodoar nossa política e as ações do Estado, sangrando os recursos nacionais e paulatinamente entronizando a maior corrupção oficial já vista no mundo!
Os governos federais que se sucederam de 1990 a 2018, ou se fizeram vassalos do projeto de governo mundial de cunho capitalista neocolonialista, ou do comunismo em suas variadas manifestações, ou de ambos ao mesmo tempo. Agravando tudo, surgiu propositadamente a forte influência, no Estado e na sociedade, do gramscismo, tabulada por Antonio Gramsci, comunista italiano, em seus “Cadernos do Cárcere’’ e já experimentado no chamado eurocomunismo da Europa Ocidental. Em essência, é uma diabólica forma de assumir o poder pela progressiva modificação para pior dos valores vigentes, normalmente orientados pela busca da realização do Bem Comum, pelo predomínio da perversão, da degradação, da destruição dos costumes e das ideias e práticas correntes. Tomou conta do ambiente político, empresarial, educacional, artístico, de comunicação social, atingindo de forma contundente juventude e infância e sua forma de viver e de se relacionar entre si, com os mais velhos, inclusive pais e mestres, autoridades, História Pátria, Símbolos Nacionais, ética, moral, religião… Continua em plena deletéria atuação e é o grande desafio a vencer, a exigir muitos e muitos anos, decênios talvez, de trabalho intenso e dedicado dos patriotas verdadeiros, para ser exorcizado e extirpado do nosso meio tão agredido e enfraquecido em seus fundamentos helênicos, romanos e judaico-cristãos!
O predomínio anti – Brasil, de oposição deliberada e consentida aos nossos Objetivos Nacionais, foi extremamente acentuado durante o consulado de FHC e, principalmente, durante os desgovernos vermelhos do lulopetismo, Lulla e Dilma, e parecia ser fadado a não ter fim, condenando-nos inapelavelmente à desgraça total. Ninguém acreditava mais em solução eleitoral para a desesperadora questão brasileira, já que o povo e suas elites se vinham revelando apáticos, amorfos, coniventes até, por omissão, diante do mal que só crescia. Anotaram-se, no malfadado período 1990 – 2018, os seguintes fatos graves: aceitação e delimitação do chamado território ianomâmi, na faixa de fronteira, aterramento do poço para experiência de armas nucleares em Cachimbo e assinatura do Tratado de Não-Proliferação – TNP dos mesmos artefatos, assinatura do MCTR – Regime de Controle da Técnica de Mísseis, abrindo mão da capacidade de deterrência num mundo marcado de guerras, conflitos e ambições sobre territórios e recursos dos países militarmente mais fracos, tudo por pressões externas; restrições ao fortalecimento, reaparelhamento e atualização das Forças Armadas e à remuneração adequada dos militares e civis dos seus quadros (governo Collor); criação do Ministério da Defesa, entregue a civis sem quaisquer conhecimento e experiência sobre o assunto, e afastamento dos militares do primeiro plano da Política Nacional, por pressão externa; tentativas seguidas de retirar da Escola Superior de Guerra sua característica de mais elevado centro de altos estudos do Brasil e sua destinação histórica de estudiosa da Política e da Estratégia Nacionais visando à Segurança e ao Desenvolvimento e de formadora de militares e civis selecionados, de alto nível, capazes de trabalharem no Estado, no Governo e na Iniciativa Privada em proveito do progresso da nação, para transformá-la em mera escola de defesa; leniência com a ação vandálica e terrorista do Movimento dos Sem Terra – MST que, inclusive, invadiu e depredou propriedade da família do próprio presidente; instituição de indenizações pagas pelo Estado a pessoas punidas por participação em atos de subversão; assinatura de tratado sob a égide da ONU, garantidor de “direitos” dos povos indígenas, não referendado ou aceito por EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, como nós dotados de expressivas populações indígenas e/ou aborígenes, pela possibilidade de dar ensejo à criação de possíveis territórios separatistas no futuro; aceitação da relativização da soberania nacional em termos de clima e de meio ambiente; compra de votos no Congresso Nacional para garantir a criação do instituto da reeleição, que o beneficiou pessoalmente, e transformou-se em fonte de corrupção, troca de favores espúrios, empecilho ao foco na boa gestão e no bom governo (governo FHC): atrelamento do Brasil aos ditames do Foro de São Paulo e de todas as ações de subordinação ao comunismo internacional; emprego da corrupção estatal (Executivo e Legislativo) e associada a empresários brasileiros corruptos, em níveis antes nunca vistos, sempre visando ao propósitos de criar condições favoráveis à implantação da supremacia vermelha ( “mensalão”, “petrolão”); empréstimos do BNDES, com dinheiro do povo brasileiro, a juros favorecidos, abaixo do que seria adequado, a países correligionários na ideologia vermelha, da América Latina e da África, para realizarem grandes obras públicas de que o Brasil é carente, sendo muitas de tais dívidas gigantescas simplesmente perdoadas, sem qualquer pagamento, operações que, quando bem investigadas, certamente revelarão um universo de propinas; compra criminosa de refinaria em ruinas em Pasadena, EUA, por preço muito acima do mercado e do que de fato valia; entrega de mão beijada, após invasão armada do exército boliviano, de refinaria da Petrobras construída com recursos exclusivamente brasileiros naquele país; aparelhamento do Estado, em todos os níveis e órgãos, por correligionários apenas destinados a sabotar os esforços por um País melhor, mais justo para todos e desenvolvido, e a desviar recursos para a revolução vermelha; incentivo constante ao ódio, às divisões, “nós contra eles, das zelites”, à perversão de costumes e de valores, à pornografia, à ideologia de gênero, à incultura, ao atraso e à barbárie, em todas as situações (“quanto pior, melhor”); continuação da delimitação de territórios indígenas em áreas de fronteira e com riqueza de recursos agrícolas e minerais (expulsão dos arrozeiros de Roraima); permanente apoio e incentivo aos crimes cometidos por MST e Movimento dos Sem Teto, nos campos e nas cidades, e a todas as manifestações de desrespeito e violência favoráveis aos desígnios vermelhos; leniência com o crime organizado, considerado aliado no processo revolucionário em curso; ódio sem limites e pregação permanente do revanchismo contra os militares, que haviam impedido sua tomada total do poder em 1964 (“Comissão da Verdade” e assemelhadas): em suma, o mais ruinoso período da História do Brasil, deliberadamente planejado, programado e executado para destruir nosso futuro e nossos sonhos por paz, justiça, democracia, liberdade, abundância e felicidade ( governos Lulla e Dilma).
O presidente Temer, após o impeachment de Dilma, teve a oportunidade ímpar de passar à História como o iniciador da redenção do Brasil. Tive ocasião de me dirigir a ele, incentivando-o a assumir a condição de estadista que os patriotas dele esperávamos. Sempre respondia meus e-mails com gentileza, mas deixou passar a grande chance que tivera. Afinal, assim como o PSDB fingia fazer oposição ao PT, o MDB sempre estivera ao seu lado, participando como aliado dos governos Lulla e Dilma…
A corrupção, no Brasil, é assunto complicado. Está na gênese dos primeiros colonizadores, degredados de Portugal por seus crimes, fazendo-se presente na malandragem, no “jeitinho”, no “levar sempre vantagem em tudo”, no “enriquecer sem trabalhar”, sonho dourado de tantos e tantos, daí o grande pendor observado entre nós para apostas, loterias e jogos a dinheiro (do bicho, por exemplo). Um aventureiro húngaro, Kellermann era seu nome, se me não engano, que entre nós se radicou, depois de observar detidamente a maneira nativa de proceder, escreveu um livro jocoso, “Brasil para Principiantes”, em que ensinava como ter sucesso financeiro aqui. Acabou preso, creio que por realizar e patrocinar pirâmides financeiras… O próprio Padre Antônio Vieira, em nosso passado colonial, já tratara magistralmente do assunto!
Corrupção, pois, e sua redução a níveis toleráveis, eis o problema que se vem revelando insolúvel. Explodiu a níveis inimagináveis, inclusive como auxiliar inestimável para a subversão da ordem e o apoderar-se do Estado, como já visto, durante o período aziago do lulopetismo. Une governantes, legisladores, magistrados, poderosos empreiteiros e empresários grandes e pequenos, donos de jornais, revistas, redes de televisão, redações e equipes de reportagens, reitores, diretores e professores de todos os níveis… Um pérfido amálgama de interesses econômicos e ideológicos espúrios que tanto mal, miséria, retrocesso e atraso têm causado à nossa amada Terra de Santa Cruz, ao nosso Povo e às nossas Instituições!
Eis que, de repente, em 2018 surge um Candidato à Presidência da República inesperado e aparentemente inviável, um Deputado de origem militar, Capitão do Exército, ferrenho combatente do comunismo, defensor dos bons costumes e da dignificação salarial dos antigos companheiros de farda. Baseou sua campanha, extremamente pobre de recursos financeiros, nas expressões “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos salvará” (São João), “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e no apoio dos meios eletrônicos de comunicação social, já que a mídia tradicional se colocou toda contra ele, o sabotou de todos os modos (até hoje), e os institutos de pesquisa eleitoral dele desdenharam, atribuindo-lhe pífia atuação nas eleições vindouras. À medida que o tempo passava, e o apoio popular à sua mensagem de austeridade no trato dos dinheiros públicos, de não aceitação da prática de loteamento do Estado e da compra de apoio com dinheiro público dos partidos e políticos que o apoiassem, crescia, tentaram matá-lo. Para coibir sua ascensão e impedir que, com ela, ocorresse a temida “volta dos militares ao poder”. Assim se elegeu Bolsonaro, trazendo com ele um número enorme de governadores, prefeitos, senadores e deputados que surfaram no vagalhão da sua popularidade.
Infelizmente, não aproveitou desde logo o tremendo apoio que tivera, de quase 57 milhões de votos, e o respaldo seguro que teria um bom governo do estabelecimento militar e dos patriotas responsáveis. Com o passar do tempo, as tremendas forças que englobavam corrupção, crime organizado e subversão logo se uniram contra ele e seu governo, desatando violenta campanha destrutiva, basicamente baseada em mentiras e desinformação, explorando os arroubos de sua personalidade e sua incontinência verbal, à falta do encontro de qualquer associação sua com a corrupção generalizada, depois de ampla exploração com lupa da sua vida pública, criticando tudo o que ele e seu governo fizessem e/ou deixassem de fazer. A banda comprometida do Congresso Nacional, que, segundo informe recente, possui 160 deputados e 38 senadores sujeitos às penas da lei, por isso contida e temerosa diante do STF pela possibilidade de eventuais punições por ele a serem administradas, e mais a totalidade dos parlamentares dos partidos de oposição, basicamente inimigos ideológicos, comandados pelos ex-presidentes das Duas Casas, também adversários, assumiram a função de sistematicamente boicotar, prejudicar e impedir a ação do governo. O mesmo passou a fazer o STF, principalmente pela sua base ideológica de esquerda no início, mas logo pela maioria expressiva e até a totalidade dos seus integrantes, depois que vaidosamente tomaram gosto pela exibição e pelo usufruto do poder sem limites, por avocar decisões e responsabilidades da competência dos outros dois Poderes, pela judicialização da política, causada pelos sucessivos recursos dos partidos de oposição àquela corte, contra atos do Executivo e do próprio Legislativo. Alguns dos membros demonstram, ainda, prazer especial em fazerem-se participantes conspícuos de entrevistas e reportagens, sob o foco dos holofotes e das câmeras de TV. De corte constitucional, que deveria zelar pelo cumprimento da Constituição, passou, pois, o STF a legislar e a proibir e a determinar ações executivas sobre assuntos de toda a ordem, segundo a opinião, o sentimento, os interesses e a interpretação jurídica, muitas vezes cambiante ao longo do tempo, dos seus integrantes e as inclinações dos ex-presidentes que os haviam nomeado para os cargos… Tal fato tem tido profunda repercussão na vida nacional, na segurança jurídica, nos desejados equilíbrio e harmonia entre os Poderes, configurando-se, nos tempos correntes, um STF que não é limitado por qualquer controle, extremamente fortalecido, onisciente, onipotente e onipresente, às expensas de Executivo e Legislativo, por ele limitados na atuação que deveriam ter e diminuídos em sua expressão, situação que têm aceitado aparentemente sem reação eficaz e eficiente até agora…
Para comprovar o quanto é complicado entender-se o que se passa no Brasil, foi justamente no atual governo, defensor da ética e da moral, que se iniciou o desmonte da Operação Lava-Jato, que fora saudada entusiasmadamente pelas pessoas de bem, como precursora de uma nova fase, de prevalência do Bem, da Justiça e do Direito, pois que, pela vez primeira, graças a ela, políticos graúdos e grandes empresários foram recolhidos à cadeia pelos crimes cometidos, estando presentemente os integrantes do seu núcleo principal, o de Curitiba, sob investigação da Procuradoria Geral da República!!!
Temos de ter sempre presente a consciência de que os grandes inimigos do Brasil, a serem enfrentados com vigor, coragem e determinação, são os comunistas de todos os matizes, os grandes corruptos e corruptores, o crime organizado (do narcotráfico, das facções fortemente armadas, que dominam territórios delimitados, mas que disputam entre si avanços e expansões com extrema violência, que repercutem nos moradores das regiões conflagradas, dos “black-blocs”e dos “antifas”), que, entre nós, deles se fez aliado e protegido, no afã de saquear e dominar nossa terra e nossa gente!
Igualmente, deverá haver energia e constância na erradicação dos absurdos privilégios financeiros de toda a ordem que vêm bafejando as verdadeiras castas criadas entre os que são pagos pelo Estado, mais um grande e permanente atentado ao Bem Comum!
Há de haver, no ânimo dos bons, a preocupação constante de lutar por um Brasil melhor, mais justo e solidário, em que a justiça seja oportuna e adequadamente aplicada, para punir e retirar do convívio social todos os malfeitores, principalmente os mais perigosos e aqueles que, pelo grande poder econômico e/ou político de que desfrutam, tenham a capacidade de produzir maiores danos. Sem protelações, chicanas, recursos continuados e repetidos e outras interferências indevidas, visando a devolver segurança e tranquilidade à população ordeira e pacífica!
Já vai longo este texto, correndo o risco de não ser lido por muitos endereçados por causa disso, o que seria um desperdício e uma pena, mas tenho de fazer algumas considerações finais. Há poucos dias, assisti ao filme “O TIGRE BRANCO”, na Netflix. Passado na Índia, narra a descrição que um empresário indiano pretende fazer, do seu país, ao Primeiro – Ministro chinês, em visita a Nova Delhi, para que o conheça melhor. Embora obra de ficção, é certo que se apoia em fatos reais. Assim, sendo a maior democracia do mundo em número de habitantes, é a Índia apresentada como também sujeita ao veneno da corrupção, com propinas sendo necessárias para ricos e poderosos comprarem indevidos favores e isenções de impostos, e para remediados chamarem a atenção de governantes, políticos, da própria polícia, para a solução dos problemas correntes. Vê-se que, desse modo, é a corrupção do Estado um fenômeno nefasto que se manifesta, infelizmente, em maior ou menor grau, por toda a parte. Igualmente, são mostradas a forma quase medieval como se processam as relações patrões – empregados e a miséria que assola a maior parte da população, apesar do acelerado crescimento da economia, da elevada tecnologia disponível e do número gigantesco de PHDs formados pelas universidades locais, grandemente respeitados pelo seu preparo e com atuação destacada no país e nas principais nações do mundo desenvolvido. Outro dado importante é que o crime comum, por enraizadas influências religiosas e culturais, a despeito das grandes pobreza e miséria, com exceção das repetidas violências reportadas contra as mulheres, é quase inexistente.
Por último, uma tentativa de resposta ao prezado CMG Aldo Langbeck Canavarro, meu antigo Aspirante na Escola Naval, que sempre pergunta como a Rússia, com PIB e população menores que os do Brasil, consegue ter as Terceiras Forças Armadas do mundo, e já se ombreou com e desafiou as dos EUA, nos tempos de União Soviética, acrescento eu. É que a Rússia, historicamente, sempre padeceu do complexo do cerco, temerosa de uma invasão vinda do Ocidente, como as dos vikings, dos cavaleiros teutônicos, dos poloneses, dos suecos, dos franceses de Napoleão, e dos nazistas de Hitler, sofridas no passado, e mais recentemente com a ameaça dos chineses, com os quais se desaveio ideologicamente, a partir de 1956. Sem nenhuma consideração para com o atendimento às necessidades do povo, como é comum nos regimes totalitários, Stalin determinou o acelerado fortalecimento militar soviético com todos os recursos disponíveis, inclusive beneficiando-se do material bélico transferido dos EUA na Segunda Guerra Mundial e dos conhecimentos científicos e tecnológicos dos cientistas alemães capturados. O mesmo se aplica, quanto ao preparo para enfrentar ameaça considerada iminente e ao enorme sacrifício exigido do povo para o fortalecimento militar, à Índia e ao Paquistão, ambas as nações democráticas, mas inimigas irreconciliáveis, inclusive por questões religiosas, após a independência do subcontinente indiano do domínio britânico, quando se separaram. Estão prontas a guerrearem-se a qualquer momento, como ocorreu no passado relativamente recente, sendo belicamente muito fortes e dotadas de armamento nuclear. De novo, no campo comunista, temos a China, que não mede sacrifícios para se transformar em potência militar dominante, capaz de assegurar suas notáveis, aceleradas e crescentes expansão econômica e influência política e estratégica pelo mundo, e a pequena Coréia do Norte, de povo mal nutrido, mas que assombra o mundo com a ameaça de emprego dos mísseis nucleares de longo alcance, disponíveis no incrível e desproporcional inventário de material bélico com o qual é dotada.