Todas as nações têm datas cívicas em que seus povos comemoram fatos relevantes da história do país. Em muitos casos, a mais significativa delas refere-se ao seu surgimento como nação independente. Dentre as datas nacionais mais noticiadas, estão o Independence Day, dos Estados Unidos, o 14 de Julho, da França, o Aniversário da Rainha, na Inglaterra, o Dia da Rússia, 12 de junho (e o Dia da Vitória, 9 de Maio), ambas da Federação Russa, o 1º de Outubro, da República Popular da China, o 18 de Abril, de Israel, entre muitas outras. Em todas, as comemorações têm grande participação popular e revestem-se de forte sentimento patriótico. São celebrações desvinculadas de governos. Creio que seria adequado classificá-las como atos típicos de Estados. Nelas, as forças armadas, em última análise como guardiães das nações, têm participação relevante.
No Brasil, a data de 7 de Setembro de 1822 registra a Declaração de Independência do país ao Império Português. O conhecido Grito do Ipiranga, real ou simbólico, representa, sobretudo, a Força de um povo cujo sentimento nativista surgiu e cresceu quase duzentos anos antes, a partir dos combates e da expulsão do invasor holandês, primeiro na Bahia e, logo depois, em Pernambuco. No Compromisso Imortal, de 23 de Maio de 1645, onde pela primeira vez, em documento, foi usada a palavra PÁTRIA, brancos, negros e índios, unidos, reafirmaram o seu inabalável propósito de vencer os invasores, o que culminou com as sucessivas vitórias nos combates dos Montes Guararapes, a última delas em 1648, origem gloriosa do Exército Brasileiro .
O 7 de Setembro sempre foi comemorado em nosso país com a importância que lhe é devida. No passado, as comemorações não se restringiam aos chamados Desfiles Militares. Uma rápida consulta aos noticiários de época revela que a data, até os anos 70, manteve um certo padrão comemorativo, onde destacava-se uma forte participação da imprensa brasileira, com extensas matérias alusivas e, inclusive, saudáveis mensagens patrióticas. Clubes e Associações realizavam festas. Havia até o Baile da Independência. Ocorriam intensas celebrações escolares, em todos os níveis de ensino, inclusive nas universidades, onde historiadores realizavam palestras sobre os fatos que culminaram com a nossa libertação.
Lamentavelmente, a década de 70 viu crescer no meio cultural brasileiro uma intensa influência ideológica no sentido de desconstruir os valores até então vigentes, com releituras depreciativas dos tradicionais fatos históricos, substituindo-os por interpretações muitas vezes esdrúxulas, quando não absurdas. Assim, surgiram “professores” e “jornalistas” que negaram o enforcamento de Tiradentes, minimizaram a participação da Princesa Isabel na Abolição da Escravatura, caluniaram o Duque de Caxias, reduziram o Imperador D. Pedro I, proclamador da nossa Independência, a um mero aventureiro amoroso, e inúmeras outras barbaridades históricas. Durante os últimos cinquenta anos, os cursos de história e ciências sociais formaram professores cuja nobre missão de instruir e educar foi substituída por forte ativismo político-ideológico, fundamentado no ideário Gramscista, onde os heróis nacionais devem ser menosprezados e esquecidos, ao mesmo tempo em que figuras como o sanguinário “Che Guevara” e o ditador assassino Fidel Castro tornar-se-iam referências em lideranças “positivas”.
Em tempos de pandemia, cuja origem e verdadeira extensão ainda saberemos, nosso 7 de Setembro certamente será ignorado pela “grande” mídia ou, então, apenas por ela lembrado como um “feriadão”, onde a população será acusada de estar nas ruas, bares e praias, sem máscaras, desrespeitando as determinações de isolamento de prefeitos e governadores, mais preocupados, diga-se de passagem, com o crescimento da popularidade do Presidente da República e com as investigações da Polícia Federal sobre o mau uso dos recursos públicos que o governo lhes repassou.
Por outro lado, a mídia já não consegue esconder seus propósitos impatrióticos. Uma força maior se agigantou nos últimos tempos. Os maus políticos, inimigos da população, são identificados e, a todo o momento, denunciados. As redes sociais deixaram de ser, apenas, instrumentos de lazer e difusão de conhecimento. Transformaram-se em armas letais contra os inimigos do país. Nelas, os brasileiros têm demonstrado que a Nação está viva e PULSA, de forma vigorosa e veemente, contra os maus cidadãos. Neste 7 de Setembro, as redes estarão inundadas de mensagens de amor ao Brasil. Como um vírus do bem, essas postagens, em poucas horas, contaminarão milhões e milhões de patriotas. Será uma verdadeira VACINA VERDE-AMARELA, capaz de enfrentar e vencer os mais virulentos e nocivos inimigos da Pátria.
PARABÉNS PÁTRIA AMADA, BRASIL!
UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA!