Quando escrevemos a primeira parte deste artigo, pensávamos que havíamos esgotado o assunto e, portanto, não precisaríamos voltar ao tema. A evolução da situação, contudo, principalmente, pela insistência de alguma pessoas, particularmente, médicos, jornalistas e alguns governadores e prefeitos irresponsáveis, em defenderem o prolongamento do que chamam de isolamento social, por tempo indeterminado, sentimos a necessidade de complementar o texto anterior com uma segunda parte, em que questionaríamos alguns aspectos da conjuntura dos quais discordamos ou que nos parecem estranhos.
Dizem que o isolamento deve ser horizontal, até que seja atingido o pico da epidemia, para impedir-se o colapso do sistema de saúde, evitando-se que a procura se torne maior do que a disponibilidade de leitos hospitalares de UTI. Quanto à duração, disseram, inicialmente, que o tal pico ocorreria até o final de abril, depois, passaram para o fim do mês seguinte, citando o dia 24 de maio, talvez por ser uma data emblemática, se é que sabem o que nela se comemora. Logo, porém, sugeriram que, talvez, o isolamento tivesse de continuar até julho ou agosto, e, finalmente, houve quem falasse que a epidemia poderia prolongar-se até 2022.
Como os números que eles mesmos divulgam sugerem outra realidade, tratam de desmerecer quem propõe outros cenários, sob a alegação de que eles seguem a ciência e que os outros são ignorantes, negacionistas, e que se baseiam no “achismo”.
Referem-se à Ciência como se fosse uma pessoa muito sábia que lhes tivesse dito que estão certos. “Estão com a Ciência e não abrem”.
Em verdade, parece-nos que nem sequer sabem o que é Ciência. Muitas vezes, vemos ativistas que, em vez de procurar a verdade, já têm uma e, somente, buscam argumentos para impô-la, ignorando todas as evidências contrárias. Dizem-se filósofos, mas não passam de ideólogos medíocres.
Desta vez, com surpresa, encontramos supostos cientistas que desconhecem a metodologia científica, para usar a palavra ciência, de forma genérica, como principal defesa de suas hipóteses, que apresentam como se já estivessem comprovadas. Quem precisa afirmar, a toda hora, que é cientista e que sempre segue a ciência, não é, nunca foi e jamais será um cientista.
Cumpre destacar o apoio que recebem dos meios de comunicação tradicionais, com sua multidão de jornalistas, que não se contentam em informar, mas que tentam impor-nos o que acham que deveríamos pensar. Para tanto, saturam-nos com “analistas” e “especialistas”, ilustres desconhecidos fora das telas dos nossos televisores, que invadem sem cerimônia. Estamos admirado de que, até agora, ninguém os tenha classificado como “espones”, por semelhança com alguns assessores.
Feitas estas considerações gerais, passemos a alguns questionamentos específicos:
1- O isolamento social e a quarentena são impostos a todas as pessoas, cujas atividades são consideradas não essenciais, para, alegadamente, diminuir a velocidade de propagação da doença e evitar-se a saturação dos leitos de UTI nos hospitais públicos, leitos que, diga-se, inexistem, porque os recursos que permitiriam criá-los foram desviados, justamente por políticos que, agora, sabotam a administração do Presidente Bolsonaro e defendem o tal isolamento. Não obstante, as estatística mostram que cerca de 80% das mortes causadas pela epidemia, no Brasil, tinham mais de 60 anos[1], consequentemente, quase todas as vagas em UTI são ocupadas por idosos ou portadores de doenças pré-existentes, os integrantes dos chamado grupo de risco[2], sendo muito poucas as pessoas fora desse grupo que desenvolvem formas mais graves da doença.
Ora, se os idosos não se contaminarem, os mais jovens poderão levar suas vidas normalmente, sem desestruturar a economia do País, uma vez que não saturarão os serviços de saúde, ainda que contaminados, por desenvolverem formas brandas da doença. Parece claro que o isolamento dos idosos é que não está sendo eficiente, e os trabalhadores jovens estão confinados inutilmente. Com quase todas as pessoas trabalhando sem restrições, o isolamento do grupo de risco poderia ser tornado mais efetivo, usando-se parte dos recursos economizados com as medidas de socorro aos trabalhadores mais vulneráveis, que se tornariam desnecessárias, para a adoção de várias providências, como, por exemplo, isolar em hotéis, especialmente reservados para isso, os idosos e doentes que não tivessem condições de fazê-lo adequadamente, como os que moram com várias pessoas em um só ambiente ou se encontram em asilos chamados, por eufemismo, de casas de repouso. Esse procedimento já vem sendo usado, mas de forma tímida e insuficiente;
2- O coronavírus é de baixos grau de contágio e letalidade, como mostram as tabelas a seguir expostas:
Figura 1: Grau de contágio e índice de letalidade do coronavírus
Fonte: Matéria “Saúde – Contagia menos que sarampo e mata menos que varíola: números do coronavírus”, do Site UOL, que faz oposição radical ao Presidente Bolsonaro.
Visto por outro ângulo, segundo as estatísticas do Ministério da Saúde mostradas no quadro abaixo, o coronavírus causou, até agora (16 de abril de 2020), 1.924 mortes, enquanto, considerando-se as cinco doenças que mais causaram mortes no Brasil, em 2019, os respectivas óbitos por ano foram as listados a seguir:
Doença | Mortes |
Novo coronavírus | 1.924 totais até 16/04/2020 (*) |
Doenças do coração e do aparelho circulatório | 340.000 por ano (**) |
Câncer | 200.000 por ano (**) |
Pneumonia e doenças respiratórias | 139.000 por ano (**) |
Diabetes mellitus e doenças endócrina, nutricionais e metabólicas | 74.000 por ano (**) |
Doenças do fígado e do aparelho digestivo | 63.000 por ano (**) |
Figura 2: Mortes no Brasil por coronavíris e pelas cinco doenças que mais matam no País
(*) Fonte: Figura 3 – (**) Fonte: AbcMed – Doenças que mais matam no mundo e no Brasil(https://www.abc.med.br/p/1345293/doencas+que+mais+matam+no+mundo+e+no+brasil.htm)
Nunca ninguém se preocupou em noticiar essas mortes em tempo real, uma a uma, 24 horas por dia, como fazem os três principais canais de notícias de televisão, no Brasil. Devemos, então, presumir, por absurdo, que todas essas pessoas morriam sem precisar de UTI e que nunca faltaram leitos hospitalares para elas?
Se considerarmos as mortes por acidente, por assassinato e por suicídio, tudo parecerá mais estranho, ainda.
Está claro, que não se trata de uma questão de saúde pública, mas de um problema logístico, ou, preferencialmente, de Mobilização Nacional, como bem mostrou o Coronel da Aeronáutica Antonio Celente Videira, no excelente artigo intitulado “Mobilização Nacional e a Pandemia do Novo Coronavírus”[3].
Seria preferível, usar-se o dinheiro público em ações de mobilização nacional contra a epidemia, do que em isolamentos e quarentenas;
3- A falta de confiabilidade das estatísticas do Ministério da Saúde tem sido, até agora, evidente. Vejamos os dados da tabela abaixo (Figura 3), que tem gerado interpretações gráficas (uma delas está na figura 4), que poderiam ser muito úteis para acompanhar a evolução da epidemia, não fosse a forma como tais dados são computados. Nela, as mortes nos dias 14 e 15 de abril, por estranha coincidência, foram 204. Questionado por um jornalista na entrevista diária, sobre por que um outro gráfico do Ministério da Saúde, intitulado Mortes no Dia (Figura 5), mostrava, para os mesmos dia 15 e 16, respectivamente, 25 e 10 mortes, o, então, Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Dr. Wanderson de Oliveira, surpreendentemente, respondeu que isso acontece, porque as morte ocorridas em outros dias, cuja causa somente vieram a ser comprovadas depois, são computadas no dia da comprovação e não no dia da morte.
Assim, uma grande redução do número de mortes, por dois dias consecutivos, foi transformada, em um passe de mágica, em dois recordes de 204 mortes.
Figura 3 – Casos e mortes no Brasil por Covid-19
Fonte: Tudo Celular – Coronavírus: Brasil chega a 1924 mortes em 30.425 casos confirmados
(https://www.tudocelular.com/tech/noticias/n154352/coronavirus-brasil-mundo-relatorio-covid-19.html)
Figura 5 – Data da morte.
Fonte: Olhar Digital – Número de mortos por Covid-19 no Brasil está longe de ser conhecido
Ora, “mortes no dia” ou “data da morte” somente comportam os mesmos dados, isto é, o número de óbitos no dia em que realmente ocorreram. Apenas, muita ignorância ou má-fé poderia levar alguém a contabilizar como dia da morte a data em que a causa mortis foi confirmada, alterando-se todo o significado da estatística.
Como outras mortes ocorridas nesses dois últimos dias, também, poderão vir a ser registradas em outras datas posteriores, esses dados, como apresentados, simplesmente, não servem para nada.
No endereço eletrônico, constante da legenda da Figura 5, acima, pode-se ver o gráfico original e a entrevista em que o Secretário explica a metodologia “científica” usada.
4- Governadores e Prefeitos fizeram uma aposta errada. Diante a epidemia causada pelo coronavírus, que demandaria dispêndios extraordinários, viram uma ótima oportunidade para forçar gastos muito além das necessidades e das possibilidades de absorção pelo Tesouro Nacional, para, depois, nos próximos anos, quando já estiver normalizada a situação, atribuírem ao Presidente da República a responsabilidade pela insolvência do Estado, inviabilizando-lhe a reeleição.
Para isso, trataram de decretar, na maioria dos casos, quarentenas ou isolamentos sociais desproporcionais, conseguindo paralisar quase todas as atividades econômicas do País.
Esqueceram-se, porém, de que somente seria possível manterem-se as pessoas confinadas em suas casas, por pouco tempo, e, qualquer tentativa de prolongá-lo por muito mais de dois ou três meses provocaria reações, cada vez maiores, por parte dos confinados, que partiriam para a desobediência civil generalizada.
O Presidente Bolsonaro, muito responsavelmente, diante da grave ameaça à nossa economia, manifestou-se, fortemente, contra tal situação, e desrespeitou as recomendações paralisantes ilegítimas, “legalizadas” por decisões políticas do STF.
O povo, mais uma, vez, respondeu, positivamente, ao estímulo presidencial, antecipando a reação que, mais cedo ou mais tarde, viria.
Alguns Governadores, principalmente, os de São Paulo e do Rio de Janeiro, que sempre colocaram suas pretensões eleitorais acima das necessidades da Nação, no afã de desgastarem o Presidente, passaram a confrontá-lo, e decidiram prorrogar a quarentena. Diante das manifestações que começaram a ocorrer, tarde demais, os Governadores perceberam que o Presidente Bolsonaro iria capitalizar a simpatia dos eleitores, por ter sido ele quem os defendeu contra a opressão que vinham sofrendo, enquanto, aos Governadores, apenas lhes restaria ser responsabilizados, não somente pelas medidas restritivas, como também pela da truculência ditatorial com que trataram quem as descumpria.
Assim, cancelarão o isolamento, inicialmente, um pouco lentamente, para disfarçar, contudo, jamais admitirão que Bolsonaro tinha razão. Dirão, simplesmente, que o isolamento já cumpriu sua finalidade, e que chegou a hora da liberação, que só não pode ser feita antes, porque o “Presidente atrapalhou”. Até lá, porém, tudo farão para desgastar, ainda mais, o Presidente e impor-lhe os maiores gastos que forem possíveis. Fora os grupos dos esquerdistas e dos corruptos, ninguém mais acreditará neles.
5- Muitas “autoridades” saíram de seus cuidados para emitir notas em defesa do então Ministro Luiz Henrique Mandetta, com o único objetivo de constranger o Presidente, em um assunto de sua exclusiva competência. Todos exaltaram as qualidades do ministro como médico. O Dr. Mandetta ocupava o Cargo em duas condições: como Médico e como Político. E falhou nas duas.
Como Médico, porque deveria ter participado do Governo como um todo, visando a conseguir que fossem adotadas as melhores políticas de saúde possíveis, em vez de ficar discutindo, em público, com o Presidente. Como político, porquanto foi nomeado para que o MDB apoiasse o Governo, mas nada fez nesse sentido, ao contrário, sempre procurou depreciar o Presidente e sua administração, seguindo as orientações de seus verdadeiros mentores, o Govenador de Goiás e o Presidente da Câmara de Deputados, este, um oposicionista radical, sobre quem falaremos no Item 6.
Assim, o Dr. Mandetta já saiu muito tarde. Se, realmente, tinha posições irreconciliáveis com o Presidente, deveria ter pedido sua exoneração, logo que o tenha percebido, como faria qualquer pessoa decente, no lugar de ficar fustigando, “com vara curta”, quem o nomeou.
O fato de ter demorado tanto a ser demitido, somente mostra como o Presidente é uma pessoa tolerante.
Bem, finalmente, ele volta, melancolicamente, à sua condição de ex-deputado do baixo clero.
6- O Presidente da Câmara dos Deputados, o Senhor Rodrigo Maia, vulgo Botafogo, que, por absoluta falta de autocrítica, sonha em ser Presidente da República, mas que, esperamos, não consiga nem sequer reeleger-se Deputado com votos de outros candidatos, que já vinha infernizando a vida do Presidente, desde que se tornou Presidente da Câmara, uniu-se aos governadores para aumentar, exponencialmente, os gastos do Governo Federal, decorrentes da epidemia, para atender o mesmo objetivo espúrio de inviabilizar o Governo Federal, depois do final da epidemia.
Enfim, não há nenhuma novidade nisso. Esse Senhor gosta de fazer-se de vítima, mas não tem feito outra coisa, além de tramar contra o Presidente da República.
Já o fazia contra o Presidente Temer e, simplesmente, continua a usar a mesma técnica contra o Presidente Bolsonaro.
Em ação desesperada para continuar com suas atividades subversivas, procura violentar a Constituição para reeleger-se Presidente da Câmara na mesma legislatura. Para tanto, espera contar com a conivência do Supremo Tribunal Federal, que terá uma ótima oportunidade de mostrar que é verdadeiramente uma Corte Constitucional e não um tribunal ideológico, como tem parecido ser.
Depois de escrito este artigo, fatos novos de grande relevância tornaram inevitável que tratemos deles aqui, anda que muito sucintamente.
Optamos por não aproveitarmos esta oportunidade para fazer uma atualização do texto já pronto, ainda que os dados apresentados tenham mudado muito, porque eles evoluem muito rapidamente, sem que, contudo, os novos valores, dadas as proporções envolvidas, comprometam as conclusões deles decorrentes, pouco importando as datas em que tenha sido colhidos.
Assim sendo, pedimos licença a nossos leitores para incluir, na conclusão, matéria não tratada no desenvolvimento, embora guarde relação íntima com seu conteúdo, na certeza de que não comprometerá o entendimento.
Parece que o Senhor Rodrigo Maia resolveu levar às últimas consequências suas ações antidemocrática e estaria participando de um complô[4], com a participação de parlamentares, de políticos, entre os quais, João Dória, e de integrantes da OAB e do STF[5]. Até o Ex-Presidente peessedebista Fernando Henrique Cardoso estaria envolvido, por ter sugerido a Rodrigo Maia que tomasse o lugar do Presidente[6] e, depois, esquecido de todo o mal que já fez ao Brasil, pedido que o Presidente Bolsonaro “renuncie para não ser renunciado”[7]. Como todos sabemos, o PSDB é o PT de gravata, conforme muito bem o definiu a sabedoria popular.
Supostamente, para desviar a atenção da tentativa de golpe em curso, teriam iniciado violento ataque ao Presidente da República, acusando por ter participado de manifestação popular em que alguns integrantes estariam pregando o fechamento do Congresso e do STF.
Os esquerdistas e, agora, também os corruptos continuam a usar a velha técnica de acusar os outros do que eles fazem.
Entre os desdobramentos desta crise artificialmente criada, o Ministro Alexandre de Morais, atendeu um pedido do Procurador Geral da República, Augusto Aras, para iniciar investigação com o objetivo de apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por “atos contra o regime da democracia brasileira nas manifestações realizadas no último domingo (19)[8]. Por enquanto, as ações do Presidente não estão sendo investigadas.
Entre as declarações de Membros do STF que criticaram as manifestações de que o Presidente participou, destacamos a do Ministro Luís Roberto Barroso, que disse que “é assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia”.
Gostaríamos de dizer ao Ministro Roberto Barroso, que assustador é o que eles fizeram nesses 30 anos, que podem ser tudo menos anos democráticos e que, se o STF estiver, de fato, preocupado com a democracia, deveria ocupar-se menos com o Bolsonaro e mais com os verdadeiros golpistas que querem abortar o mandato que ele conquistou, legitimamente, nas urnas.
Se pudéssemos, diríamos, ainda, ao Ministro, que, se muitos querem a volta do regime militar, é porque o regime comuno-corrupto que nos sufocou até pouco tempo, e o Bolsonaro tenta erradicar, apesar da forte oposição, também do STF, faz com que todas as pessoas sérias, realmente, sintam muita saudade daqueles tempos, que não voltam mais.
Mas fiquem tranquilas Suas Excelências. Quando desfraldam aquelas faixas que pedem o fechamento do Congresso e do STF, na realidade, não é isso que pretendem os manifestantes. Trata-se de exagero retórico, destinado, justamente, a chocar e assustar “quem tem culpa no cartório”.
O que, verdadeiramente, pretendem os referidos manifestantes é que os Parlamentares e os Ministros do STF cumpram o seu papel constitucional sem desvios, e que todos os corruptos, sejam políticos ou togados, se os houver, sejam julgados e, se condenados, presos nos presídios, onde já deveriam estar há muito tempo.
Quando um Ex-Presidente sugere que o Presidente da Câmara dos Deputado deponha o Presidente da República e o STF nada faz, mas fica emitindo notas contra o Presidente que se defende, está estimulando esse tipo de reação, que tanto parece abominar.
É, igualmente, inaceitável que um Presidente da Câmara dos Deputados e um Presidente do Senado Federal, suspeitos de corrupção, continuem a exercer seus cargos, até o fim de seus mandatos e, mais, ainda, resolvam concorrer à reeleição, sem o poder, e não tenham suas situações definidas rapidamente.
Deveriam ser investigados, e, se fosse o caso, julgados e condenados ou absolvidos com alta prioridade, mas o STF prefere fazer-se de morto, enquanto aguarda a prescrição dos supostos crimes.
O Presidente da Câmara dos Deputados resolve tornar-se primeiro ministro de um “parlamentarismo branco” inconstitucional, inventado por ele, para impedir que o Presidente eleito governe, e o STF, mais uma vez, nada faz, nem sequer emite uma nota dizendo “ser assustador”.
Poderíamos listar centenas de outros motivos
pelos quais há quem peça o fechamento do Supremo e do Congresso[9].
O que não poderíamos esperar era que o Ministro Sérgio Moro, que havíamos idealizado como como uma pessoa honesta, de boa índole e incapaz de atitudes menos nobres, viesse a demitir-se do Ministério da Justiça e aderir, despudoradamente, à conspiração em andamento, e revelasse sua face vil, nivelando-se ao que há de mais torpe na política brasileira.
Sérgio Moro deve explicar à Nação, por que, enquanto Ministro, não teve, com o cumprimento da lei, para denunciar o golpe de Estado em gestação e as tentativas anteriores de usurpação do poder praticadas por Rodrigo Maia, o mesmo zelo que, agora, finge ter em relação aos atos do Presidente. Evidências não lhe faltavam, o que nos leva a suspeitar de que fosse a quinta coluna dos conspiradores, à espreita, esperando a hora de agir.
O Procurador Geral da República pediu autorização ao STF para investigar as declarações de Sérgio Moro e foi sorteado o Ministro Celso de Melo para relator[10].
Esperamos estar errado, mas, provavelmente, as investigações se concentrarão em responsabilizar o Presidente. Seria ingenuidade esperar por uma crise de consciência da “raposa encarregada de tomar conta do galinheiro”.
Mais uma vez, o Presidente Bolsonaro foi alvejado pelo fogo amigo (amigo da onça)[11]. Quem trai uma vez, sempre trairá muitas outras. É impossível confiar em alguém assim. Se houver um pouco de racionalidade, ele será desprezado, até pelos que procurarão tirar proveito de sua aleivosia.
Confiamos em que os brasileiros serão capazes de perceber o que está em jogo e farão sepultar, definitivamente, todas essas ações espúrias, que, embora, muitas vezes, procurem aparentar o contrário e, até, tentem envolver os militares, somente beneficiam o consórcio entre esquerdistas e corruptos, abrindo-lhes o caminho para que voltem ao poder[12].
Não é o povo que deve mudar. O STF, o Congresso, a imprensa e alguns políticos sem caráter, que colocam sua ânsia de poder acima de qualquer valor, é que não podem continuar a fazer o que querem, descaradamente, diante de nossa passividade.
Vamos terminar este texto com o último parágrafo do artigo antológico do Maj.-Brig. do Ar Jaime Rodrigues Sanches, denominado “A Caminho da Ruptura Institucional”[13]:
“Nesse grave momento que vive o regime presidencialista brasileiro, previsto na Constituição Federal, confirmado em dois plebiscitos e com um representante eleito pelo povo, o legislativo, o judiciário e parte do próprio executivo, na figura dos governadores e prefeitos, se unem para isolar e inviabilizar esse governo empossado democraticamente pela sociedade, que assiste passivamente a sucuri de duas cabeças apertar seu abraço letal, ignorando que será ela a maior vítima dessa tragédia anunciada”.
Observação:
Este artigo foi escrito em 16 de abril de 2020, tendo sofrido alterações nos 25 parágrafos finais, para incorporar uma sucessão de fatos relevantes, ocorridos daquela data, até o dia 25 de abril.
[1] https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/estudo-alerta-para-risco-em-regioes-que-concentram-idosos-maioria-dos-mortos-pelo-novo-coronavirus.shtml
[2] https://istoe.com.br/parte-do-misterio-do-coronavirus-se-revela/
[3] https://www.defesa.org.br/%e2%96%88-mobilizacao-nacional-e-a-pandemia-do-novo-coronavirus/
[4] https://www.youtube.com/watch?v=lzynxvq7iHw&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2kejVN6VRW_QOeCuWTB5ukYxkme2Uyn0_LCTwiAoIDieQ73VqL0iOhjGA
[5] https://www.youtube.com/watch?v=iG8Q6Bwu9cs
[6] https://www.youtube.com/watch?v=akL11wDE2Q4
[7] https://www.brasil247.com/poder/fhc-pede-renuncia-de-bolsonaro-antes-que-ele-seja-derrubado
[8] https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/moraes-do-stf-atende-pedido-de-aras-e-autoriza-inquerito-para-investigar-atos-pro-golpe.shtml
[9] https://www.defesa.org.br/videos-interessantes/
[10] https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/celso-de-mello-analisara-pedido-para-investigar-falas-de-moro
[11] https://www.youtube.com/watch?v=88Q6dnLw2QM&feature=share&fbclid=IwAR3lIqaM4E3cRMEKCAR39CzxK6KBV7k_iF0AfUVI2TiYLj0LP7IY2CJa86E
[12] https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/20135/janaina-deixa-escapar-o-plano-para-afastar-bolsonaro
[13] https://www.defesa.org.br/a-caminho-da-ruptura-institucional/