Nos meus tempos de criança era costume no bairro em que eu morava as brincadeiras de roda entre meninos e meninas: várias crianças davam as mãos e se punham a rodar, cantando alguma ‘cantiga de roda’. Uma delas dizia: “Vamos passear no bosque, enquanto o seu lobo não vem. Seu lobo está aí? Não! Então, vamos passear no bosque, enquanto o seu lobo não vem”!
A canção se repetia indefinidamente, até que as crianças cansassem e fossem brincar de outra coisa.
A cantiga parece ter-se originados da estória dos Três Porquinhos, uma fábula antiga contada na Europa no século XVIII, cujos personagens são exclusivamente animais, um lobo e três porcos. A fábula foi, posteriormente, objeto de um conto divulgado por Joseph Jacobs, escritor australiano (1854 – 1916). Entre seus diversos livros infantis destaca-se, pois, “A História dos Três Porquinhos”, que viviam trancados em suas casas (uma casa de palha, uma casa de madeira e outra casa de pedra) e estavam sempre sendo ameaçados pelo lobo que vivia na floresta.
De forma similar, quase duzentos anos depois de Jacobs, todos nós, brasileiros, somos obrigados a viver trancados em nossas casas, como os porquinhos da fábula, enquanto o Covid 19 não vem. O vírus que assola o mundo inteiro, quase tão mortal quanto o lobo, pois alguns seres humanos vitimados pelo vírus conseguem escapar ilesos, nos mantêm prisioneiros em nossas residências, temerosos da sua nefasta presença pelas imediações.
Por vezes nós damos algum passeio pelas ruas do bairro, sempre temerosos, usando máscaras obrigatórias que, de fato, não nos protegem de contrair o temido vírus, mortal para alguns e inofensivo para outros. Segundo as autoridades apregoam, o vírus sobrevive nas roupas, na pele, na sola dos sapatos, nos esgotos, nas embalagens. As máscaras, portanto, apenas dificultam a nossa respiração, pois não evitam a contaminação.
Os meios de transporte públicos seguem lotados, mas as escolas continuam vazias, o que me faz pensar que algumas das nossas autoridades parecem que fazem parte da torcida organizada para o sucesso do vírus, ademais de possuírem interesses, talvez, inconfessáveis em prejudicar o setor de ensino; principalmente, por terem liberado os jogos de futebol, os bares e as casas de espetáculos, bem como outros setores empresariais como shoppings, grandes lojas, etc. Só as escolas permaneceram de fora. Nos demais países, pelo que sei, os alunos continuam frequentando as aulas presenciais em suas escolas, sem nenhum problema. Aqui as aulas são pela internet e parece que alguém ganha muito dinheiro com a transmissão das aulas de forma virtual.
Muito já se escreveu sobre esse episódio da chamada Pandemia, que agora já denominam Sindemia; isto é, a interação, mutuamente agravante, entre problemas de saúde em populações, em seu contexto social e econômico. O fato é que tudo leva a crer ser este episódio algo mais do que uma simples epidemia mundial, como tantas já ocorridas ao longo da história humana.
Esta parece ter componentes políticos muito fortes. Parece fazer parte de um episódio da guerra bacteriológica, travada em um contexto da Guerra Assimétrica (em que os oponentes apresentam diversas diferenças, tais como: nível de organização, objetivos, recursos financeiros, recursos militares, comportamento-obediência a regras, etc.), da Guerra Hibrida (estratégia militar que mescla táticas de guerra política, guerra convencional, guerra irregular, e ciberguerra, com outros métodos de influência, tais como a desinformação, a diplomacia, lawfare e intervenção eleitoral externa) e da Guerra de Quinta Geração (considerada como tal toda tentativa de origem externa, por quaisquer meios, que objetive desestabilizar um cenário de atuação, seja político, econômico, tecnológico, psicossocial, ambiental e ou militar e cujo resultado venha fragmentar ou minar a soberania de um país através de agentes internos).
Inúmeros analistas viram nesta atual pandemia uma tentativa de alguma entidade maligna, com objetivos mundiais de domínio e de conquista, de reduzir drasticamente a população mundial, de quebrar as principais economias mundiais; enfim, de implantar o caos econômico, social, político, religioso e militar, visando, ao final da contenda, sair vitoriosa e comandar, definitivamente, os destinos do planeta Terra.
Ocorre, entretanto, como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade em seu poema ‘No meio do caminho, publicado em 1930’:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Esta pedra ou pedras, já mencionada por Drummond na década de 30, inseriu-se no caminho desta maligna entidade em 2020, certamente, atirada(s) por mão divina nos caminhos tortuosos utilizados pela entidade malígna para alcançar a primazia econômica e o domínio da raça humana, em um cenário mundial de conflito de interesses.
A eleição de Donald Trump nos USA, e de Jair Bolsonaro no Brasil, podem ser consideradas duas pedras atuais, onde tropeçaram os integrantes da maligna entidade, pedras estas que constituíram rudes golpes sofridos por aqueles interessados na hegemonia e na redução drástica da população mundial, em benefício de seus mesquinhos e egoístas interesses.
Uma grande parte da população mundial tem consciência do cenário atual, da catástrofe iminente da qual escapamos há pouco com a eleição destes dois personagens mencionados e do futuro que nos espera se o mal vencer o bem. Outra parte dos seres humanos faz parte do problema, ou seja, trabalha para o mal. Outra parte, ainda, não se interessa nem por política e nem por adquirir conhecimentos sobre estratégia, geopolítica, etc., pensando, apenas, em esportes, em divertimentos, em consumir ou em assuntos de ordem religiosa. Esta parte acredita em que tudo aquilo que publicam nas redes sociais não passa de uma suposta Teoria da Conspiração ou de Fake News.
Caso Trump e Bolsonaro sejam reeleitos e a consciência das pessoas de bem desperte, para que enxerguem as verdadeiras variáveis em jogo e o que elas representam em termos de uma futura escravidão compulsória ou de uma servidão consentida, ainda vejo um futuro promissor para a raça humana, nesta encruzilhada em que hoje nos encontramos.
Caso contrário, se ambos perderem as eleições, a entidade maligna e seus seguidores tomarão conta do planeta. Não sei se isto ocorrerá com ou sem resistência por parte de alguns países nucleares e de autoridades patrióticas e do bem, que ainda existem em quantidade em muitos lugares.
Enquanto isto tudo ocorre, igrejas cristãs são queimadas e cristãos mortos em diversos países, sem nenhuma manifestação contundente por parte do pontífice máximo, preocupado que está com outros acontecimentos, como a vida dos índios da rica floresta amazônica e o destino das ONG’s que por ali vicejam aos milhares, enquanto inexistem no árido nordeste brasileiro.
Relativamente a alguma eventual vacina contra o Covid 19, como o caçador das estórias infantis cujo objetivo é eliminar o lobo, determinados políticos brasileiros querem torna-la obrigatória, sem levar em consideração efeitos colaterais danosos que possam acarretar àqueles que a tomarem. A própria China, que está em vias de produzir uma vacina, não a testou nem a aplicará em sua população, preferindo usar uma vacina europeia da AstraZeneca (Sueca/Britânica). A chinesa Shenzhen Kangtai Biological Products, poderá fabricar pelo menos 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca até o final deste ano.
Por outro lado, pretende a China testar e aplicar a sua vacina própria, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantã, no Brasil, mediante um contrato bilionário com o governo do Estado de São Paulo.
O presidente Jair Bolsonaro já se pronunciou a respeito, dizendo: “Para o meu governo, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela ANVISA. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.
Espero que, da mesma forma como ocorre na fábula de Joseph Jacobs, os porquinhos vençam o lobo mau, representado pelo vírus, com a ajuda do caçador que, evidentemente, não pode ser nem amigo nem sócio do lobo mau…