Segundo os dicionários, a Era da Informação, a Era Digital ou a Era Tecnológica é o período que veio logo após a Era Industrial, mais especificamente depois a década de 1980; embora seu início, na realidade, tenha começado no princípio do século XX e, particularmente, na década de 1970, com invenções como o microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica e o computador pessoal.
O momento atual é caracterizado por muitas transformações e por um progresso científico acentuado, não se podendo negar que vivemos em uma Era diferente de todas as anteriores. A recente pandemia do vírus Sars Cov 2, mantendo grande parte da população mundial em quarentena nas suas casas, acentuou, ainda mais, a nossa dependência da informática e das modernas técnicas de gestão e de logística. As comunicações e o comércio da atualidade são extremamente dinâmicos e, cada vez mais, o conhecimento de informática (hoje denominada TI) se torna peça chave de toda a engrenagem que dá suporte a vida humana em seus diversos setores de atividade.
No entanto, é fato notório que partidos políticos e empresas ou organizações privadas (através da mídia, de agências de marketing e de institutos de pesquisas de opinião); bem como os governos (por intermédio da grande mídia e de suas agências de informação e de contrainformação) veiculam notícias falsas para alcançar os objetivos de influenciar, persuadir e induzir eleitores, consumidores, contribuintes e cidadãos de uma maneira geral.
Muitas agências de notícias, em todo o mundo, às vezes por descuido, mas, quase sempre, de forma planejada, permitem que a desinformação se propague por seu intermédio, sem maiores controles, fazendo com que, algumas vezes, as notícias se tornem virais e influenciem o pensamento e o comportamento das populações.
Penso que esta falta de controle nas notícias diárias, sobre aquilo que é falso ou mentiroso, constitui o grande dilema que se coloca para a humanidade na era da informática digital global em que vivemos. Talvez as nossas leis devessem considerar como crimes a criação, a divulgação e a propagação de qualquer notícia falsa, através dos grandes meios de comunicação que atingem populações inteiras (como já ocorre com a propaganda enganosa), tantos e tão graves são os malefícios que podem advir da propagação de falsas notícias e de informações mentirosas. Todavia, como fazer para separar a verdade da mentira? Esta é a grande questão que se impõe nos dias atuais ou o calcanhar de Aquiles da mídia moderna.
Vivendo em um mundo de falsidades e sem termos, muitas vezes, como percebê-las em nosso dia a dia, corremos o risco de estar, na realidade, inseridos para sempre em uma Matrix, como aquela descrita no filme do mesmo nome.
No filme o personagem Neo, pergunta ao personagem Morfeu, em um diálogo mais ou menos como o seguinte:
– O que é Matrix?
Morfeu responde: – Matrix está em toda parte; é o mundo que acreditamos ser real, para que não percebamos a verdade!
– Que verdade? – pergunta Neo.
Morfeu responde: – A de que nós somos escravos. Como todos os demais seres humanos você, igual a mim, também, nasceu em cativeiro; isto é, nasceu em uma prisão da qual não se dá conta por ser a sua própria mente que está aprisionada!
Assim, podemos estar presos a um Sistema de Organização Política, Social e Econômica que, constantemente alimentado por mentiras, nos sujeitariam a um modo particular de ver, de entender e de viver, diariamente, as relações sociais em que estamos inseridos. Viveríamos desta forma em uma servidão consentida e da qual, por dela não nos darmos conta, jamais pensaríamos em nos libertar.
Tal servidão seria alimentada por realidades fantasiosas ou falsas, de ordem religiosa, ideológica, filosófica, política, econômica, militar e psicossocial, que se sobreporiam a nossa capacidade de perceber a verdadeira realidade; notadamente por serem veiculadas, de forma constante, por todas as mídias e de maneira planejada, segundo objetivos definidos. Não é por outra razão que, em determinadas ocasiões, todos os meios de divulgação mundiais passam a falar uma mesma linguagem, isto é, a pregar determinadas ideias em todos os países; bem como, governos de nações distintas passam a adotar procedimentos idênticos e a promulgar leis semelhantes (por exemplo: a divulgação mundial da chamada ideologia de gênero – que é na realidade uma falácia – e a promulgação de leis autorizando os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, visando, ambas as medidas, a um controle mundial da natalidade; bem como, a divulgação de notícias tendentes a cooptar as populações mundiais para permitirem o implante subcutâneo, em seus corpos, de um chip com o suposto objetivo de beneficiá-las com facilidades e maior apoio dos serviços de saúde governamentais, dos recursos financeiros e dos demais serviços públicos).
Por outro lado, nos países do Terceiro Mundo, a maior parte das notícias veiculadas pela imprensa falada, escrita e televisionada, diariamente, versa sobre assuntos irrelevantes para o desenvolvimento socioeconômico destes países, tratando, por exemplo, de propaganda de produtos ou serviços, de esportes, de novelas, de mexericos e de religião. Os espaços destinados às notícias de cunho econômico, científico, filosófico e político são mínimos e, quase sempre, de caráter tendencioso, buscando influenciar o público para a opinião da mídia. Antigamente a mídia informava os fatos de forma verdadeira e deixava os leitores, ouvintes ou telespectadores decidirem por si mesmo. Hoje tentam influenciá-los nesta decisão.
Nota-se, ademais, uma intenção deliberada de manter as populações destes países alheias das grandes decisões nacionais e mundiais; bem como, inteiramente massificadas por informações irrelevantes, que visam a aliená-las com respeito a estas decisões já mencionadas.
A Mídia atual não está mais interessada nos aspectos jornalísticos das notícias, tendo-se transformado em verdadeiros ‘lobbies’ que vendem seus serviços para aqueles que melhor pagam por eles, sejam quais forem os objetivos que estes pagadores porventura tenham.
A psique humana, desta forma, estaria sendo controlada a partir de uma programação sutil, especificamente destinada a confundir e a alterar a nossa percepção da realidade, conduzindo às massas humanas, desta forma, para os caminhos desejados pelas elites mundiais.
Estas mentiras, inverdades, informações falsas, etc., ao serem divulgadas de forma maciça e devido ao fato de muitas delas serem conflitantes entre si, por vezes, acabam acarretando estresse em parcelas mais suscetíveis da população que, adotando pensamentos e procedimentos niilistas, se refugiam nas drogas, licitas e/ou ilícitas, como forma de superar as situações de conflito por elas vivenciadas.
Os aspectos descritos até aqui conduzem aos cidadãos mais curiosos, que se empenham em descobrir as verdades fundamentais por detrás dos fatos, a que jamais cheguem a ter plena certeza sobre o que quer que seja; pois, todos nós vivemos em uma realidade cambiante. O que hoje é tido como verdade, amanhã pode não o ser mais; já que, nós nos balizamos por tudo aquilo que assimilamos através da mídia e esta, em sua maior parte, tem por objetivo nos confundir e direcionar, segundo objetivos quase sempre inconfessáveis. A própria Ciência e a Filosofia, oficiais, estão eivadas de conceitos e preconceitos que, muitas vezes, não representam a verdadeira realidade dos fatos, mas, sim, a realidade que as elites mundiais querem-nos impor como verídica.
Paradoxalmente, vivemos em uma era em que a capacidade de armazenamento de informações se conta, em ordem decrescente de capacidade, em Exabytes (Unidade de medida de informação que equivale a 1.000.000.000.000.000.000 Bytes, Terabytes, Gigabytes, Petabytes, Megabytes, Kilobytes, Bytes (que comportam 8 bits) e Bits. Por outro lado, a medida de desempenho de um computador/processador em termos de velocidade é medida em Flops. Em geral, quanto mais Teraflops o computador, processador ou placa de vídeo atingir, mais rápido ele será e maior capacidade de processamento ele oferecerá. Um Teraflop significa um trilhão de operações de ponto flutuante (Flops) por segundo. Quanto mais teraflops o computador/processador atingir, mais rápido ele será e maior sua capacidade de processamento de dados.
Todavia, quanta mentira não é armazenada e processada e divulgada, como se verdade fosse?
Sabemos que muitos estudos científicos, realizados ao redor do mundo, aparentemente isentos e utilizando-se de milhões de dados coletados, foram encomendados por empresas a determinados cientistas “mercenários da Ciência” para defenderem, sutil ou taxativamente, alguns novos produtos alimentícios ou novos remédios fármaco-químicos. Sabemos que muitos institutos de verificação de opiniões políticas e pesquisas de mercado escolhem as suas amostras de forma tendenciosa, para apresentarem os resultados encomendados por seus clientes.
O público, em geral, que não tem acesso aos procedimentos, critérios e metodologia das pesquisas e nem os entenderiam caso tivesse, acaba acreditando naquilo que vê, lê e ouve em várias mídias diferentes; pois se trata de uma operação planejada para ser veiculada por todos os meios de comunicação. Se todos dizem a mesma coisa, então deve ser verdade – é como pensa o ser humano pouco esclarecido, inocente e crédulo; isto é, a maioria da população mundial.
A rigor, somos bombardeados, constantemente, por notícias falsas e não dispomos de instrumentos para detectar suas falsidades. Assim, acreditamos naquilo que recebemos diuturnamente pelos meios de comunicação. Reparem como erram constantemente os institutos de verificação de opinião às vésperas das eleições. Isto se dá em virtude de trabalharem para clientes que compram os resultados. Pesquisas de opinião, da mesma forma como laudos, sentenças, pareceres, perícias, etc. podem apresentar as conclusões que seu autor desejar; posto que, se tratam de dados que podem ser manipulados conforme os desejos de quem os manipula.
Assim, meus caros leitores não creiam em tudo aquilo que veem, leem e ouvem na Era da Informação. Procurem garimpar a verdade, pois está só se revela em sua totalidade para os persistentes, os curiosos e os que duvidam das versões oficiais.
Trabalhei muitos anos com Ciência e com Filosofia, para saber que existem mercenários em ambas. Os primeiros são pagos para demonstrar leis, relações ou comportamentos inexistentes na Natureza e os segundos para inventar novas explicações para velhos fatos metafísicos ou para criar novas ideologias substitutivas das antigas que se desejam ver mudadas.
Infelizmente, a Era da Informação, a Era Digital ou a Era Tecnológica, também será conhecida como a Era da Mentira…